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Capital

Pacientes de comunidade terapêutica eram "escondidos" em espaço clandestino

Polícia apura se comunidade apenas trocou de nome ou se um possível comprador continuou os "negócios"

Por Dayene Paz e Gabi Cenciarelli | 12/06/2025 17:07
Pacientes de comunidade terapêutica eram "escondidos" em espaço clandestino
Um dos pacientes encontrados em posto. (Foto: Marcos Maluf)

A Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) e Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul resgataram três pacientes que estavam sendo mantidos escondidos em uma "clínica" de reabilitação investigada pela polícia. Eles eram levados de um local a outro - o primeiro, onde funcionava a comunidade terapêutica Os Filhos de Maria, fechada por irregularidades; e o segundo, no Parque dos Poderes.

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A Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) e a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul resgataram três pacientes que eram mantidos em condições irregulares entre dois locais em Campo Grande. Os indivíduos eram transportados diariamente entre a antiga comunidade terapêutica Os Filhos de Maria e um espaço no Parque dos Poderes. A comunidade terapêutica havia sido fechada em outubro por irregularidades, mas continuou operando clandestinamente. Segundo o delegado Reginaldo Salomão, as instalações não possuíam atendimento médico adequado, e os pacientes eram mantidos em condições insalubres, caracterizando situação de crueldade. O caso segue sob investigação.

Para entender melhor: a comunidade terapêutica Os filhos de Maria foi fechada por irregularidades em outubro do ano passado. Os donos tentaram reabrir o espaço, mas sem sucesso, sendo um pedido negado judicialmente. Entretanto, a polícia recebeu informação de que atendimentos continuaram no local e foi verificar, acompanhada da Defensoria, nesta quinta-feira (12). Lá, não havia ninguém.

Antes, segundo o delegado Reginaldo Salomão, um capataz conseguiu fugir. Perto da comunidade, três pacientes haviam sido largados em um posto de combustíveis. "Eram levados todos os dias de um espaço para outro, onde funcionava Os filhos de Maria, na Chácara dos Poderes, e um segundo local, no Parque dos Poderes", detalha Salomão.

Os responsáveis ainda são procurados. "Ainda investigamos se 'Os filhos de Maria' só mudou de nome e são os mesmos donos, ou outra pessoa comprou e deu andamento com os atendimentos", explicou o delegado. Contudo, o carro usado para o transporte desses pacientes está no nome da antiga comunidade e foi apreendido hoje.

Pacientes de comunidade terapêutica eram "escondidos" em espaço clandestino
Carro usado para transporte de pacientes. (Foto: Marcos Maluf)

Dos três pacientes encontrados no posto, dois foram colocados na comunidade terapêutica pela família para tratamento e outro, pela justiça. "Um juiz colocou, induzido ao erro", diz Salomão, mas sem detalhar qual seria esse erro.

“Nenhuma dessas comunidades tem atendimento médico. Hoje, a gente não conseguiu encontrar eles lá dentro, mas como delegado, poucas vezes eu vi tamanha crueldade com outro ser humano como nessas comunidades terapêuticas. As famílias muitas vezes são enganadas, veem piscina, médico, e no dia a dia a pessoa fica em situação insalubre”.

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