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Capital

Pai que afogou o filho em bacia é indiciado por homicídio qualificado

Inquérito foi concluído na semana passada e agora aguarda a apresentação da denúncia pela promotoria

Marta Ferreira | 01/10/2019 16:35
Evaldo em foto com o filho de 2 anos, morto por ele. (Foto: Reprodução Facebook)
Evaldo em foto com o filho de 2 anos, morto por ele. (Foto: Reprodução Facebook)

Preso desde o dia 19 de setembro, quando confessou o assassinato do filho de 2 anos, Evaldo Christyan Dias Zenteno, 21 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio qualificado por motivo fútil, com pena prevista entre 12 e 30 anos. O inquérito foi concluído na semana passada, mesmo sem os laudos de perícia.

No documento enviado à Justiça, a delegada responsável, Franciane Candotti, informa que ainda faltam peças como o laudo necroscópico, mas que serão enviadas assim que estiverem disponibilizadas à delegacia. Em processos assim, com réu preso, existe um prazo curto para que a denúncia seja apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

O relatório do inquérito não apresenta informações muito diferentes do que já havia sido divulgado à imprensa. Evaldo foi preso na tarde do dia 19, depois de levar o filho à Santa Casa de Campo Grande, em estado grave, e contar versões incongruentes para o afogamento da criança, em uma bacia. Os médicos tentaram reanimá-lo, mas o menino morreu aproximadamente uma hora depois.

A equipe médica acionou a polícia e, ao ser preso, o rapaz chegou a apresentar três versões diferentes para o crime. Preso, admitiu que matou a criança para se vingar da mãe, de quem havia se separado recentemente, após dois anos de convivência.

Andamento - O crime provocou comoção e revolta. Evaldo, que é de Aquidauana, assim como a mãe do bebê, está preso no Instituto Penal de Campo Grande, na cela onde ficam os presos por crimes sexuais.

Agora, a peça está a cargo da promotora, responsável pela acusação. Depois de apresentada a denúncia, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, decide se acata ou não e manda o rapaz a júri popular. Até essa fase chegar, porém, haverá todo o tramite de ouvir as testemunhas de defesa e de acusação e de apresentação das alegações das partes.

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