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Capital

Pais e alunos defendem diretor investigado por suposto assédio moral

Pais prometem protesto em solidariedade aos diretores na frente da escola nesta quarta-feira, 14

Lucia Morel | 13/06/2023 15:55
Fachada da Escola Estadual Professor Alberto Elpídio Ferreira Dias. (Foto: Redes sociais)
Fachada da Escola Estadual Professor Alberto Elpídio Ferreira Dias. (Foto: Redes sociais)

Pais, alunos e professor da Escola Estadual Cívico-Militar Professor Alberto Elpídio Ferreira Dias – Professor Tito, no Jardim Anache, saíram em defesa dos diretores da unidade – Francisco Carlos da Silva Rojas e Carlos Leonardo Xavier –, acusados de cometer assédio moral, conforme denúncia enviada ao Campo Grande News e em investigação na SED (Secretaria de Estado de Educação).

Em nota, a APM (Associação de Pais e Mestres) informou que "repudia veementemente o teor das denúncias" e que "as informações apresentadas não condizem com os fatos".

"A gestão da escola é pautada na excelência, no diálogo e no respeito. Pessoas mal-intencionadas querem destruir a imagem da escola que foi eleita duas vezes como a melhor Escola Cívico-Militar do Brasil, destaque no IDEB [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] do Mato Grosso do Sul, destaque nas premiações OBMEP [Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas], destaque em concursos de redação, protagonista no no combate à dengue, na luta pela segurança nas escolas, na preservação ao meio ambiente, vencedora na arrecadação da campanha do agasalho, entre outras tantas conquistas, divulgadas pela própria imprensa", também diz a nota.

A associação que representa pais de alunos afirma que a escola é responsável por inserir alunos nas universidades públicas, mesmo estando localizada numa região de vulnerabilidade social e onde o corpo discente é composto principalmente por negros e indígenas.

"Eu como funcionária da escola, como mulher e na época que adentrei à escola, auge na pandemia, mãe de uma bebê de poucos meses, posso dizer o quanto fui bem recebida, bem tratada e compreendida todas as vezes que precisei priorizar o cuidado com a minha filha em prol do serviço. Esse é o carinho com quem encontrei todas as vezes o nosso diretor, coronel Rojas. Trabalho que foi dado sequência com a chegada do diretor, Carlos Leonardo. É por essas e outras razões, que a Comunidade Tito na pessoa da APM se posiciona contra as denúncias caluniosas que foram veiculadas e declara total apoio à gestão escolar", completa o texto assinado pela presidente da APM, Kelli Cristina de Oliveira Cyles.

Professor da escola e pai de aluno do 9º ano, Thiago Cyles da Silva Oliveira, 36 anos, diz que as informações não são verídicas e que ambos os diretores são “excelentes” e que os alunos se sentem bem na escola. “Essas denúncias feitas de forma anônima não procedem”, defendeu. Segundo ele, a relação na escola entre diretores, funcionários e estudantes é baseada em respeito.

"Estou na Escola Professor Tito, conhecida como Escola de Vencedores, desde 2021. E o cenário que encontrei desde então é diferente de tudo o que já vi em quase 15 anos de docência, entre instituições públicas e particulares de todas as faixas etárias. O Diretor Coronel Rojas é um profissional simplesmente fora do comum, sempre pronto a motivar que saiam todos da zona de conforto: alunos, professores, corpo administrativo e corpo militar. Respeitando sempre o tempo, o limite, o ritmo de cada. Não à toa a escola é o que se tornou: referência nacional entre as escolas cívico-militares do Brasil", informou Cyles, também em nota enviada à reportagem, onde se autointitula representante dos professores no Colegiado Escolar.

Dois alunos do 2º Ano do Ensino Médio também procuraram o Campo Grande News para comentar sobre a denúncia que, segundo eles, é falsa. Eles não quiseram informar os nomes e um deles disse que acredita que a intenção de quem denunciou é “prejudicar o bom andamento da escola”.

O mesmo estudante comentou que, de fato, assim como diz material publicado pelo Campo Grande News, há professor que corta grama ou faz alguns reparos na escola, mas segundo ele, o profissional faria os trabalhos por conta própria. “Ele se disponibiliza pra fazer isso por vontade própria”.

Outro aluno afirma que nunca viu o diretor humilhar ninguém. “Eu nunca vi isso acontecer. Nas formaturas matinais e vespertinas, observo que o atual diretor tem um bom entrosamento com os profissionais”, comentou, enfatizando que há sim pedido de contribuições dos alunos para a limpeza da escola, mas seriam como “pedir para não jogar papel no chão”.

Pais prometem protesto em solidariedade aos diretores na frente da escola nesta quarta-feira, 14.

Ontem, o Campo Grande News publicou material sobre denúncia que é apurada pela SED de suposto assédio moral cometido na escola. Conforme a secretaria, a situação é investigada e somente a pasta pode passar informações sobre o caso enquanto houver a apuração.

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