Para entregar 166 salas modulares até abril, obras continuam mesmo com aulas
As salas são para atender a rede municipal e ensino; com a obra, o número de vagas vai aumentar em 6.600
Para entregar as 166 salas modulares até abril, a Prefeitura de Campo Grande segue com o andamento das obras, mesmo após o volta às aulas. As salas de aula nesse modelo são para atender a Rede Municipal de Ensino, e a entrega foi dividida em duas etapas, sendo a primeira no início do ano letivo e a segunda, em abril. Com as salas, o número de vagas vai aumentar em 6.600.
A Escola Municipal José Mauro Messias, localizada na região das Moreninhas, na saída de São Paulo, foi a primeira a ter a obra finalizada e entregue, antes dos alunos voltarem das férias. Nesta região, está concentrada 80% das demanda de vagas reprimidas.
De acordo com o secretario municipal de educação Lucas Henrique Bitencourt, as escolas municipais Maria Regina e Arlene Marques também já estão em fase de finalização. "As três escolas que nós estamos ampliando, em cada uma delas, [vai abrir vaga para mais] 600 alunos".
Dificuldades - De acordo com a prefeita Adriane Lopes (PP), um dos desafios na educação, quando assumiu a gestão, foram as escolas municipais que estavam prestes a fechar turmas do 9°. Segundo a chefe do executivo, a região das Moreninhas é a mais isolada da cidade, e onde há um deficit maior de alunos, por conta da distância. Apenas na região do Bandeira, moram aproximadamente 100 mil pessoas.
"Se você fecha o 9º ano em uma escola como a Escola do Poeta, as crianças teriam que se dirigir a outros bairros da cidade, pegar transporte público. Então, para os pais, mães e responsáveis, era um grande desafio. Então nós fizemos um planejamento para aquele bairro nesse sentido", diz Adriane.
Segundo Adriane, a ideia surgiu após comparar a construção de hospitais modulares durante a pandemia. Dessa forma, foi feito um estudo para avaliar a viabilidade de executar o serviço em curto período de tempo. "Se deu certo para hospitais, por que não para salas de aulas? E aí nós colocamos as nossas equipes técnicas para estudar viabilidade disso e encontramos o caminho".
Atrasos - Apesar da segunda fase da obra ainda estar dentro do prazo, Adriane não descarta a possibilidade de ocorrer atrasos na entrega. A prefeita destaca que cuidados são necessários, pois estão trabalhando com os alunos dentro das escolas, além do período de chuva.
"[Em dia de chuva] a gente não pode forçar que as empresas executem. Então a gente respeita, faz um cronograma e um planejamento, mas na execução sempre aparece situações [inesperadas]", finaliza.
Investimento - Serão R$ 42 milhões destinados à empresa Consórcio Lucerna para instalação de 166 salas de aula por unidade modular padronizada, contemplando a elaboração do projeto básico e executivo. O contrato foi por adesão à ata 005/2023, do Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari) cujos dados não constam na Transparência Municipal.
Mais R$ 6,8 milhões serão investidos pela Semed para aquisição de mobiliários de escritórios, que serão trocados em toda secretaria. Além disso, também foi assinado contrato de R$ 34,9 milhões para implantação de energia solar em todas as escolas municipais de Campo Grande.
Escolas contempladas - Recebem a expansão as seguintes escolas municipais: Senador Rachid Saldanha Derzi, com 5 novas salas; EMEI Professora Elza Francisca de Souza Maciel, com uma nova sala; Celina Jallad, 4 novas salas; Professora Maria Regina de Vasconcelos Galvão, 10 novas salas; Dr. Plínio Barbosa Martins, construção de 5 novas salas; Frederico Soares, 3 salas; Professora Arlene Marques, 10 novas salas; Professora Leire Pimentel, 4 salas; Abel Freire Aragão, 4 salas; Irmã Edith Coelho Netto, 5 novas salas de aula.
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