ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Polícia diz que baterista matou Mayara, queimou corpo e tentou culpar outros 2

Laudos não comprovaram se houve estupro, segundo o relatório do inquérito enviado ao MPE

Anahi Zurutuza | 07/08/2017 15:01
Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, logo depois que foi preso (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, logo depois que foi preso (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Luís Alberto Bastos Barros, 29 anos, matou e tentou se livrar do corpo de Mayara Amaral, 27 anos, sozinho. Esta foi a conclusão da Polícia Civil, que entregou o relatório do inquérito na manhã desta segunda-feira (7) ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). O baterista foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.

Embora no primeiro depoimento à polícia Luís Alberto tenha dito que Ronaldo da Silva Olmedo, de 30 anos, foi quem teve a ideia de matar Mayara e também de atear fogo ao corpo dela, a polícia concluiu que o suposto comparsa, na verdade, vendeu drogas para o assassino confesso no dia anterior e depois do crime. O homem, conhecido como “Cachorrão”, foi indiciado por tráfico.

Já Anderson Sanches Pereira, 31, foi indiciado por receptação, uma vez que, conforme apurou a polícia, comprou o carro da vítima, depois do assassinato. 

Para chegar à conclusão, a polícia tomou como base as imagens das câmeras de segurança do motel, onde o homicídio aconteceu na noite do dia 25 de julho, e de outros locais onde o músico esteve. As rotas traçadas pelo serviço geolocalização do celular de Mayara também foram determinantes.

Latrocínio - Apesar do clamor popular para que Luis Alberto fosse enquadrado por feminicídio, a polícia manteve a tese de que o baterista matou para roubar e inclusive destacou que os bens de Mayara que estavam com o assassino confesso estão avaliados em R$ 17,3 mil - um notebook, um celular, um violão, uma guitarra, um aparelho amplificador e o VW Gol, modelo 1992. 

Além disso, o exame feito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) não comprovou estupro.

Versões - O assassino confesso mudou mais de uma vez a versão dele sobre o crime.

Depois de ficar em silêncio quando foi convocado para depor pela delegada Gabriela Stainle na quarta-feira (2), ele falou à revista Veja no dia seguinte, admitindo que tinha feito tudo sozinho, num rompante de raiva após uma discussão com a vítima e depois de beber e usar cocaína.

Matéria alterada às 15h17 para acréscimo de informações. 

Nos siga no Google Notícias

Veja Também