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Capital

Polícia é chamada após novos vizinhos serem barrados em condomínio

Com carros e cartazes impedindo a entrada, moradores alegam que os novos vizinhos causam insegurança

Ana Beatriz Rodrigues e Antonio Bispo | 20/07/2023 17:21
Moradores do Residencial Virgínia durante conversa com advogado. (Foto: Henrique Kawaminami)
Moradores do Residencial Virgínia durante conversa com advogado. (Foto: Henrique Kawaminami)

Na tarde desta quinta-feira (20), a Polícia Militar foi acionada após moradores do Residencial Virgínia, na Vila Nossa Senhora das Graças, região norte de Campo Grande, não permitirem a entrada de 366 novos inquilinos. Todos trabalham em Ribas do Rio Pardo e são funcionários da Imetame. Quem alugou os apartamentos para a empresa acomodar os trabalhadores foi a construtora Hannah, responsável pelo prédio.

Com carros e cartazes bloqueando a entrada, os atuais moradores alegam que os novos vizinhos causam insegurança. Dizem que com tanta gente chegando “o sossego acabará”.

“A empresa pegou todos os apartamentos vazios que tem aqui e fez um contrato comercial, eles transformaram em alojamento, são cerca de 400 homens que vão viver aqui, e um ônibus vem buscar eles para trabalhar em Ribas em diferentes turnos”, comentou a moradora que não quis se identificar.

Ela ainda ressaltou  que o condomínio já entrou com uma liminar questionando a chegada dos novos moradores.

Viatura da Polícia Militar e cartazes pregados no portão do condomínio (Foto: Henrique Kawaminami)
Viatura da Polícia Militar e cartazes pregados no portão do condomínio (Foto: Henrique Kawaminami)

O advogado responsável pelas instalações dos funcionários no condomínio, Kharlos Cavalcanti, informou à reportagem que eles iriam todos para a delegacia, pois os moradores não estavam permitindo a entrada dos trabalhadores “na casa deles”. “Pensam que são pessoas totalmente erradas, acham que são pessoas que vão prejudicar o condomínio, mas não são! São pessoas de famílias, trabalhadores de carteira assinada”, finalizou o advogado.

Após uma discussão generalizada, a Polícia Militar encaminhou o síndico, a advogada do condomínio e o advogado responsável pelos funcionários para resolver a situação na delegacia.

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Cartazes alegam que residencial "não é alojamento". (Foto: Henrique Kawaminami)
Cartazes alegam que residencial "não é alojamento". (Foto: Henrique Kawaminami)


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