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Capital

Polícia investiga envolvimento de rapaz que matou segurança em várias brigas

Viviane Oliveira | 23/03/2011 19:30

Já foram ouvidas 13 pessoas

Jeferson morreu na calçada da casa noturna onde trabalhava há três meses. (Foto: arquivo pessoal)
Jeferson morreu na calçada da casa noturna onde trabalhava há três meses. (Foto: arquivo pessoal)

A delegada da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Daniella Kades, disse que recebeu outras informações de agressão envolvendo Chistiano Luna Almeida, 23 anos, que matou o segurança Jefferson Bruno Escobar, 23 anos, no último dia 19 em uma casa noturna da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

De acordo com a delegada, o caso está sendo investigado pela Polícia. Hoje foram ouvidas três pessoas, o presidente da Federação Sul-mato-grossense de Jiu-Jitsu Edemir Firmino, que foi convidado pela polícia para analisar as imagens e apontar se algum golpe da luta foi utilizado por Christiano.

Segundo Daniela as imagens que foram analisadas pelo presidente não aparece nenhum golpe do esporte. “O que foi visto no vídeo foram chutes e pontapés”, disse à delegada que não descarta que a morte foi causada pelo golpe.

Ela esclarece que a briga continua em um lugar que as câmeras não registram as imagens.

Também foi ouvido um dos garçons como testemunha e o universitário Rafael Mecchi, 22 anos, agredido por Christiano em 2009 na saída da Expogrande. Ainda conforme ela até hoje já foram ouvidas 12 pessoas.

O caso - Jeferson morreu na calçada da casa noturna onde trabalhava há três meses. Ele e o também segurança Marcelo Lima da Silva, 32 anos, faziam serviços no pub desde a inauguração, há três meses.

Marcelo tentou socorrer o colega de trabalho, mas não foi possível. O funcionário da casa noturna conta que depois de fazer “brincadeiras” com garçons e algumas clientes que estavam no local, Christiano foi advertido por Jeferson.

Ele importunou os garçons pela terceira e, somente então, foi retirado do prédio por Jeferson.

Houve uma briga na calçada e Christiano, que é treinador de Jiu Jitsu, atingiu o segurança com o um chute e um soco no peito, segundo a Polícia.

Marcelo conta ainda que, com Jeferson caído no chão, Christiano imobilizou a vítima com o braço no pescoço e desferiu mais golpes, versão que será investigada em inquérito policial.

Christiano deixou o local e foi para a casa, no Bairro Chácara Cachoeira, área nobre de Campo Grande.

Foi na residência onde mora que acabou preso, porque testemunhas anotaram a placa do carro que ele usava.

A Polícia Civil prendeu Christiano em flagrante por lesão corporal seguida de morte. Já o MPE (Ministério Público Estadual) trata o caso como homicídio doloso, aquele em que há intenção de matar.

No entender do MPE, houve um crime duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Segundo atestado de óbito, o rapaz morreu de insuficiência respiratória aguda, traumatismo torácico e ação contundente, provocado pelo soco ou chute, que pode ter perfurado o pulmão.

A Justiça negou o pedido de liberdade provisória da defesa de Christiano. Ele foi encaminhado ao Presídio de Trânsito da Capital.

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