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Capital

Policial penal é preso por atuar como mensageiro do PCC no Presídio da Gameleira

Gaeco deflagrou Operação Bilhete após investigação de servidor da Gameleira envolvido em crimes

Gabriela Couto | 05/09/2022 08:57
Policial Penal da Penitenciária Gameleira era responsável por repassar mensagens em forma de bilhetes de papel entre milicianos e facção criminosa. (Foto: Paulo Frances/Arquivo)
Policial Penal da Penitenciária Gameleira era responsável por repassar mensagens em forma de bilhetes de papel entre milicianos e facção criminosa. (Foto: Paulo Frances/Arquivo)

Um policial penal de Campo Grande foi preso por "trabalhar" como mensageiro de uma das facções mais perigosas do país, o PCC (Primeiro Comando da Capital). A investigação envolvendo o agente da Segurança Pública estadual resultou na Operação Bilhete, deflagrada hoje (5) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na Capital.

O esquema envolvia também milicianos da organização criminosa presa durante a Operação Omertà, que revelou quadrilha chefiada pela família de Jamil Name. Mas, não foram divulgados detalhes sobre quais informações foram trocadas ao longo dos 3 anos de prisão da organização e nem dos recados enviados pelo PCC.

Durante a ação promovida pelo Ministério Público do Estado hoje, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de medidas cautelares diversas à prisão.

Conforme apurado pelos agentes do Gaeco, o policial penal estava no centro de crimes ordenados do interior do sistema penitenciário estadual. Ele era o elo com o mundo exterio, fundamental no comando do esquema.

A função do servidor era repassar informações por meio de bilhetes de papéis e também fornecer aparelhos celulares. A partir dai, viabilizava a ordem para crimes como sequestros, furtos e, inclusive, operacionalização de homicídios, com planos descobertos até para assassinato de outros policiais penais.

Segundo o Gaeco, ele atuava no Presídio da Gameleira I, mas de acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), em maio, o servidor foi transferido para outra unidade do sistema carcerário.

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