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Capital

Prefeito vai chamar operadoras para dar basta a risco de emaranhados de fios

Uma “rede morta” de cabos faz morada na área urbana, por onde se espalham 116.684 postes

Aline dos Santos | 05/01/2022 10:17
Fio rompido está há três dias em calçada na Rua Ibirapuera, no Jardim São Lourenço. (Foto: Direto das Ruas)
Fio rompido está há três dias em calçada na Rua Ibirapuera, no Jardim São Lourenço. (Foto: Direto das Ruas)

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) vai convocar representantes de empresas de telefonia e internet para discutir solução ao emaranhado de fios, que se espalham por uma rede “morta e perigosa” por Campo Grande.

Se no alto, o excesso de fiação enfeia a cidade, quando vem ao chão, os cabos se tornam risco para pedestre e dor de cabeça para a comunidade, que não tem a quem pedir a remoção.

Na Rua Ibirapuera, no Jardim São Lourenço, um cabo de telefonia rompido cruzou 50 metros da via e impediu a entrada do morador em casa. Ele relatou que retirou a fiação, mesmo correndo risco de o fio estar energizado. O cabo rompido está há três dias na calçada.

Segundo o prefeito, perto de sua própria residência há problema parecido. Ele afirma que vai buscar solução para esse quadro que prejudica a população.

Perigo – No último dia 2, uma motociclista teve o pescoço cortado após ficar presa em fios soltos. O incidente foi no Bairro Santa Emília. Vídeo registrou a cena: a mulher passa, o fio enrosca e ela cai no asfalto.

O Campo Grande News acompanha há anos os perigos da fiação exposta. Uma “rede morta” de cabos faz morada na área urbana, por onde se espalham 116.684 postes.

Uma explicação do desinteresse das empresas de telefonia e dados em recolher os cabos é porque eles não têm cobre, portanto, sem valor econômico. Outra situação é de que a cada serviço contratado, a empresa liga novos fios, sem remover os demais.

A fiação nos postes segue a seguinte hierarquia: no topo, fica a rede de alta tensão (13.800 volts). Na sequência, tem a rede de 127 e 220 volts. Depois, os cabos de telecomunicações, que devem ficar a seis metros do solo.

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