Prefeitura afirma que dá assistência a comunidades alagadas, mas moradores negam
Em nota, a SAS diz que entregou cobertores e cestas básicas para famílias das comunidades atingidas por chuvas
Após as chuvas que atingiram Campo Grande desde a última sexta-feira (18), famílias das comunidades Vitória e Nova Esperança tiveram os barracos alagados. A Prefeitura afirma que tem prestado atendimento por meio da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), mas líderes comunitárias dizem desconhecer qualquer tipo de auxílio.
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Após chuvas intensas em Campo Grande, comunidades Vitória e Nova Esperança enfrentam alagamentos. A Prefeitura afirma que a SAS está prestando assistência com cobertores e cestas básicas, além de criar grupos de WhatsApp para monitorar a situação. No entanto, líderes comunitárias contestam, alegando que nenhuma ajuda oficial chegou e que doações vieram apenas da CUFA. A situação permanece crítica, com famílias necessitando de mais cobertores, colchões e lonas.
Em nota, a SAS informou que, desde sexta-feira, realiza atendimentos a moradores afetados pelas chuvas em todas as sete regiões da Capital. Segundo a pasta, as comunidades Vitória e Nova Esperança vêm sendo acompanhadas por técnicos dos Cras (Centro de Referência de Assistência Social) das respectivas regiões desde o fim de semana.
“Até o momento foram entregues 37 cobertores e 11 cestas básicas na Comunidade Esperança, atendendo 11 famílias. Além disso, na Comunidade Vitória, atendida pelo Cras Noroeste, foram concedidas sete cestas básicas e 19 cobertores, beneficiando sete famílias. No total, entre as duas comunidades, 18 famílias foram atendidas pelos benefícios eventuais”, detalha a secretaria.
A SAS acrescentou ainda que foram criados grupos de WhatsApp com as famílias atendidas e coordenadores de cada Cras, com o objetivo de organizar e acompanhar em tempo real as ocorrências nas comunidades, diante da previsão de novos temporais e queda nas temperaturas.
“Frisamos ainda que a equipe técnica do Cras Noroeste esteve na manhã desta terça-feira (22) na Comunidade Vitória para fazer um levantamento in loco da situação e oferecer os serviços do Cras, assim, como já foi feito na comunidade Nova Esperança”, informou a pasta.
No entanto, as líderes comunitárias da Comunidade Vitória, Amanda Solito, de 35 anos, e Wanelle Fernandes, de 27, contestam a versão da Prefeitura. Elas afirmam que até o momento nenhuma equipe da SAS esteve no local e dizem desconhecer doações ou a criação de grupos de WhatsApp com os moradores.
“Aqui a gente sabe o nome de todo mundo da comunidade. Pergunta quem que ela [prefeitura] procurou pra gente saber. Ela não veio não, porque a menina está aqui desde cedo. Eu fui buscar ela era 7h, porque fui trabalhar, e ela ficou aqui, conversando com o pessoal da comunidade e atendendo os repórteres”, relatou Amanda.
Wanelle acrescentou que alguns moradores receberam doações de roupas e alimentos, mas por meio da CUFA (Central Única das Favelas). Segundo ela, a maioria das famílias ainda precisa de cobertores, colchões e, se possível, lonas.
Silvia Ricaldes, 53 anos, é uma das lideranças da comunidade Nova Esperança e também afirmou desconhecer ajuda, doações ou grupo com moradores, por parte da prefeitura. Ela comenta que soube que pelo local se tratar de uma invasão de área privada, o executivo municipal não poderia interferir.
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