Famílias vivem drama dois dias após temporal alagar comunidades da Capital
Do total de aproximadamente 600 barracos, 48 foram afetados
O resultado das chuvas intensas que caíram em Campo Grande desde o fim da última sexta-feira (18), são amargados ainda hoje (21) nas comunidades Vitória e Nova Esperança: o cenário que já era de precariedade ficou desolador.
RESUMO
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As comunidades Vitória e Nova Esperança, em Campo Grande, enfrentam dificuldades após fortes chuvas que deixaram barracos alagados e isolados. Cerca de 48 das 600 habitações precisam de reparos. Moradores como Eduarda Vittorio, grávida, e Michelle Gomes, também grávida, perderam alimentos e roupas. Crianças estão doentes, e doações de medicamentos são necessárias. A líder comunitária Amanda Solito pede ajuda com cestas básicas e roupas, enquanto a assistência pública foi limitada a poucos cobertores e cestas básicas. Doações podem ser feitas pelo contato (67) 99288-6831.
Vários barracos seguem isolados por enormes poças d'água que se formaram há dois dias. Do total de 600 habitações que as duas têm, 48 vão precisar de reparo pelas contas dos líderes das comunidades.
Eduarda Vittorio, 19, está grávida de quatro meses. Ela dormia junto ao esposo e perto do filho pequeno no sábado (19). A mulher conta que acordar no meio da madrugada e ver a cama da criança boiando, é a cena que não vai esquecer.
"Acordei para ir ao banheiro e o barraco já estava cheio de água, chegava no joelho. O susto foi grande quando eu olhei para a cama onde meu filho dormia e a vi boiando pela casa. Daí meu esposo levantou e levou meu menino para outro quarto", relata.
A criança ficou bem, mas acabou perdendo todos os sapatos que tinha durante o alagamento. O bebê que a gestante espera também perdeu várias roupinhas.
Já o filho de uma vizinha ficou com febre após a chuvarada. "Ele tomou muita chuva, né? Estava queimando", relata Eduarda. Há várias pessoas doentes na comunidade, por isso, doações de medicamentos estão sendo aceitas.

Michelle Gomes, 18, também está esperando um bebê e tem um filho de dois anos. Ela mora no barraco sozinha com o menino atualmente.
O que mais preocupa a jovem é ter perdido comida. "Tinha uma cesta de alimentos, molhou também, perdeu. Não teve como salvar o meu arroz, feijão, óleo, macarrão... Não dá pra comer", diz.
O filho de Michelle também não está se sentindo bem. Ele está com sintomas de gripe e diarreia, segundo a mãe.

Já Clenir Souza, 43, perdeu a geladeira e tudo o que estava armazenado. “A gente precisou sair do aluguel porque não é fácil, temos que ficar aqui. Mas minha geladeira queimou durante a chuva, perdi tudo que tava nela. Vamos enfrentar", disse. No barraco vivem ele e a filha de 5 anos.
Doações - Líder da comunidade Vitória, Amanda Solito afirma que as famílias afetadas estão precisando de doações de cestas básicas, roupas, sapatos e, reforça, de medicamentos.
Ela acrescenta que a única ajuda conseguida junto ao Poder Público até agora foi de apenas três cobertores e três cestas básicas para as duas comunidades. Vieram do Cras (Centro de Referência em Assistência Social) da região. A reportagem questionou a Prefeitura de Campo Grande se foi essa mesma a quantidade e se mais apoio está previsto, e aguarda o retorno.
Quem puder doar o que as comunidades necessitam, podem entrar em contato com a líder por ligação ou WhatsApp no (67) 99288-6831.
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