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Capital

Prefeitura conclui em 2 meses Porto Seco, mas não há data do início da operação

Lidiane Kober | 04/02/2014 18:46

Idealizado há quatro anos para turbinar exportações e importações, a construção do Porto Seco, em Campo Grande, orçada em R$ 26 milhões, deverá ser concluída em dois meses. Mas ainda não há previsão do início das operações.

O atraso, segundo o chefe da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, é resultado de suspeita de irregularidades nas contas apresentadas pela gestão anterior. “Tivemos que regularizar os problemas, apontados pelo TCU (Tribunal de Contas da União), para dar sequência aos trabalhos”, explicou Semy.

Ao mesmo tempo, a vencedora da licitação, a CGR Engenharia, anunciou processo de falência. “Pagamos as pendências e a empresa garantiu condições de concluir as obras”, informou o titular da Seintrha.

Diante dos impasses, a prefeitura precisou apresentar ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito) reprogramação da obra. “Uma das pendências era a licença ambiental e o detalhamento de alguns preços”, contou o secretário.

Nesta terça-feira (4), saiu, no Diário Oficial do Município, o pedido de licença ambiental à Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para dar continuidade às obras do Terminal Intermodal de Cargas de Campo Grande.

Dos R$ 26 milhões, resta saldo R$ 4 milhões para encerrar os trabalhos. “Falta construir estação elevatória de esgoto, a iluminação do porto e alguns retoques em pisos”, detalhou Semy. “A previsão é concluir os trabalhos em dois meses”, completou.

O secretário, porém, não arriscou palpite sobre o início da operação do Porto Seco. “É preciso saber se acatarão licitação, vencida pela JBens, para operar o terminal”, ressaltou Semy. Para ele, o processo está “ok”. “A empresa tem know-how no ramo”, acrescentou.

Depois, será preciso nova licitação ambiental para dar largada aos trabalhos. “Além disso, a vencedora da licitação terá de cumprir parte do contrato de concessão, como a construção de armazéns”, explicou.

Ainda de acordo com o chefe da Seintrha, a grande vantagem do Porto Seco será partir de Campo Grande com os produtos alfandegados. “Isso agilizará o processo de importação e exportação”, destacou.

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