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Capital

Preso com droga, traficante de 21 anos deu apoio em veículo a tribunal do crime

Lucas Emiliano foi encontrado ontem em casa, onde foi achada maconha preparada para venda

Marta Ferreira | 27/10/2020 14:25
Lucas Emiliano, o "Parazinho", em foto postada nas redes sociais. (Foto: Reprodução do Facebook)
Lucas Emiliano, o "Parazinho", em foto postada nas redes sociais. (Foto: Reprodução do Facebook)

A juíza Eliane de Freitas Lima Vicente, que está no plantão judiciário em Campo Grande nesta terça-feira (28), converteu em preventiva a prisão de Lucas de Oliveira Emiliano, 21 anos, conhecido como “Parazinho Emiliano”, flagrado na tarde de ontem com pouco mais de um quilo de maconha preparada para a venda na casa onde mora, no Bairro São Jorge da Lagoa. O flagrante foi por tráfico de drogas, mas o traficante também tinha mandado em aberto por envolvimento em execução atribuída à facção PCC (Primeiro Comando da Capital), durante “tribunal do crime”.

O justiçamento foi há um ano e meio, e vitimou Vinicius de Souza e Silva, de 21 anos. A vítima foi encontrada com mãos e pés amarrados e meia dúzia de perfurações pelo corpo, na manhã do dia 10 de julho, no meio da mata no Loteamento Rancho Alegre, em Campo Grande.

Dois dias depois, Willian da Silva Rampagni de Moraes, de 18 anos, e Josiel Carneiro de Souza, de 28 anos, foram presos por suspeita de participação da sessão de tortura. A investigação apontou o envolvimento de Lucas Emiliano e desde então ele era alvo de mandado de prisão temporária de 30 dias pelo crime.

A apuração indica que o traficante preso ontem deu apoio externo ao crime. Também foi apreendido o veículo usado por ele, enquanto os criminosos agiam no lugar que eles chamam de cantoneira, onde a vítima do tribunal do crime é executada.

O inquérito sobre o tribunal do crime está em andamento na DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio).  Existe a suspeita de envolvimento de outras pessoas.

A vítima -  Vinícius de Moraes estava desaparecido desde o dia 5 de julho do ano passado. Estava morando há menos menos de um mês em Campo Grande, vindo de Várzea Grande (MT), fugindo justamente de uma ameaça de morte pela facção criminosa.

O corpo foi encontrado cinco dias depois, próximo a uma trilha na mata. Estava amarrado e tinha seis perfurações de tamanhos diferentes no peito, conforme perícia preliminar. Foi reconhecido pela família graças a tatuagem no braço.

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