Preso há 24 dias, suspeito de estuprar e matar Kauan continua negando crime
Atrás das grades desde o dia 21 de julho, Deivid Almeida Lopes, 38 anos, continua negando que estuprou até a morte Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos. A afirmação foi feita pelo advogado de defesa, Alessandro Farias, na tarde desta segunda-feira (14).
Deivid está preso pelas evidências de estupro de vulnerável encontradas pela Polícia Civil, que agora conseguiu uma nova decisão determinando que ele continue encarcerado, pelo estupro seguido de morte de Kauan.
O menino está desaparecido desde o dia 25 de junho, quando foi visto pela última vez cuidando carros, no bairro Coophavilla II – região sul de Campo Grande, onde mora o suspeito.
“Essa decisão é importante, pois caso o prazo da prisão pelos outros crimes acabe o suspeito continuará preso devido a essa prisão temporária”, explica o delegado.
Defesa - Ao Campo Grande News, o defensor do suspeito disse que ainda não se inteirou da decisão e que deve se encontrar com o delegado nesta terça-feira (15).
“Tomarei ciência pelo que o delegado pediu essa prisão e só então conseguiremos traçar uma estratégia de defesa”, revela.
Ainda segundo ele, seu cliente continua afirmando que não teve participação no sumiço do menino. “Ele diz que não tinha contato com Kauan”, ressalta.
Provas - Em contrapartida, o delegado adiantou que o conjunto de provas sobre o caso o levou a pedir a prisão pela morte de Kauan. “O depoimento de testemunhas e o laudo que comprova o relato do adolescente de 14 anos sobre o dia do crime foram suficientes para que a Justiça acatasse o pedido de prisão”, esclarece.
Buscas – O corpo do menino continua desaparecido. A princípio teria sido jogado no Rio Anhanduí onde foram feitas diversas buscas, pelo Corpo de Bombeiro. “Estamos apurando qualquer informação sobre o paradeiro do corpo”, conclui o delegado.
Caso - O testemunho de um adolescente, de 14 anos, que teria levado Kauan até a casa de Deivid de Almeida Lopes, de 38 anos, norteou a investigação.
Segundo o adolescente, quando o homem começou a violentar a criança, o menino se debatia, chorava bastante e gritava muito. Por isso, o acusado pediu para o adolescente segurar o garoto enquanto ele tapava a boca do menino com a mão.
Minutos depois, Kauan parou de se debater e começou a sangrar pela boca. Foi quando o pedófilo e o adolescente constataram a morte, resolveram se livrar do corpo, o colocaram em um saco preto e atiraram no rio Anhanduí.