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Chefes de fraude bilionária na mineração em MG são trazidos para Campo Grande

Alvos da Operação Rejeito são apontados como os chefes do esquema de licenças ambientais fraudulentas

Por Ana Paula Chuva | 20/09/2025 13:41
Chefes de fraude bilionária na mineração em MG são trazidos para Campo Grande
Políciais federais durante cumprimentro das ordens judiciais na operação (Foto: Divulgação | PF)

Três alvos da Operação Rejeitos, deflagrada pela Polícia Federal em Minas Gerais, foram transferidos para o Presídio Federal na capital sul-mato-grossense neste sábado (20). Apontados como chefes do esquema que liberava licenças ambientais fraudulentas, Alan Cavalcante do Nascimento, João Alberto Paixão Lages e Helder Adriano de Freitas foram presos na última quarta-feira (17).

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Três suspeitos de chefiar esquema de fraudes em licenças ambientais em Minas Gerais foram transferidos para o Presídio Federal de Campo Grande. Alan Cavalcante do Nascimento, João Alberto Paixão Lages e Helder Adriano de Freitas foram presos na última quarta-feira pela Polícia Federal. A operação Rejeitos descobriu que a organização criminosa liberava documentação fraudulenta para exploração mineral mediante propina. É a primeira vez que presos por crimes ambientais são transferidos para uma unidade federal de segurança máxima.

A investigação apontou que a organização criminosa liberava a documentação fraudada para exploração mineral e recebia propinas com participação de empresas de fachada e laranjas, servidores públicos e empresários. Um dos presos foi o diretor da ANM (Agência Nacional de Mineração), Caio Mario Seabra.

De acordo com a Polícia Federal, a organização criminosa controlava uma ampla rede de mais de 42 empresas, muitas delas registradas como Sociedades Anônimas. Essas companhias eram utilizadas para disfarçar a origem ilícita dos bens e dificultar o rastreamento das movimentações financeiras. O conjunto dos projetos minerários investigados tem potencial econômico superior a R$ 18 bilhões, com lucro líquido estimado em R$ 9,5 bilhões.

Hoje, segundo a PF (Polícia Federal), os três apontados como chefes do esquema foram trazidos para a unidade penal de segurança máxima, onde ficarão até nova determinação judicial. Eles saíram do Aeroporto da Pampulha, na capital mineira, por volta das 12h no horário de MS.

João Alberto era sócio de empresa e articulador do esquema; Helder articulava as fraudes com os servidores públicos e representantes dos órgãos ambientais para manipular os processos de licenciamento; e Alan era o líder do esquema.

É a primeira vez que presos envolvidos em crimes ambientais são transferidos para um presídio federal de segurança máxima.

Operação - Ao todo, foram presas 16 pessoas na ação contra o esquema. Entre os crimes investigados estão a organização criminosa, a corrupção ativa e passiva e a lavagem de dinheiro, além de crimes ambientais e contra a ordem econômica.

Além das ordens judiciais, os envolvidos tiveram R$ 1,5 bilhão bloqueado. O grupo criou ao menos 42 empresas de fachada para ocultar a origem ilegal dos recursos e para realizar o pagamento de propinas aos servidores.

(*) Com informações G1 Minas Gerais.

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