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Capital

Primeira reunião sobre repasses da Santa Casa termina sem acordo

Representantes da Prefeitura, do Estado e do hospital voltam ao MPMS no fim da tarde

Por Kamila Alcântara e Mylena Fraiha | 29/12/2025 13:19
Primeira reunião sobre repasses da Santa Casa termina sem acordo
Profissionais de saúde da Santa Casa em manifestação pelo pagamento do 13° salário (Foto: Juliano Almeida)

Depois de uma manhã de reunião nesta segunda-feira (29), representantes da Santa Casa e gestores públicos da saúde saíram sem definição sobre o pagamento de salários atrasados de médicos. Uma nova rodada de negociações foi marcada para o fim da tarde, no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

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A primeira reunião entre representantes da Santa Casa, gestores públicos da Saúde e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul terminou sem acordo sobre o pagamento de salários atrasados dos médicos. O encontro ocorreu no Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica do MPMS.A prefeitura propôs reajuste de R$ 1,3 milhão e o Estado de R$ 3,5 milhões. A presidente da Santa Casa, Alir Terra, indicou aporte de R$ 9 milhões para pagamento do 13º salário dos médicos em 10 de janeiro. Uma nova rodada de negociações foi marcada, enquanto o Sindicato dos Médicos convocou assembleia para discutir a situação.

O encontro ocorreu no Compor (Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica do MPMS) e foi conduzido pelo procurador-geral de Justiça, Romão Ávila Milhan Júnior. Participaram a presidente do hospital, Alir Terra, o secretário estadual de Saúde, Marcelo Simões, e o secretário de Governo e Relações Institucionais de Campo Grande, Ulysses Rocha.

Em abril, gestores públicos anunciaram que o último contrato de prestação de serviços na saúde pública somava, por mês, R$ 18 milhões da União, R$ 9 milhões do governo estadual e R$ 5 milhões da Prefeitura de Campo Grande. Mesmo assim, profissionais ficaram sem receber o 13º salário e o Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) rejeitou proposta de parcelamento.

Ulysses Rocha foi o primeiro a deixar a reunião. Ele disse que colocou na mesa um reajuste de R$ 1,3 milhão por parte da Prefeitura e de R$ 3,5 milhões do Estado, mas afirmou que a gestão dos profissionais é responsabilidade da Santa Casa. “A gente veio colocar a proposta na mesa, negociar, mas deixou claro que isso é uma responsabilidade da Santa Casa, negociar com os trabalhadores dela”, disse ao Campo Grande News.

Marcelo Simões saiu sem antecipar termos do que pode ser negociado. “Estamos andando em círculo. Quanto mais a gente especular sobre isso agora, mais difícil fica fechar. Hoje, à tarde, vamos voltar aqui e o que posso dizer é que não chegamos a um ponto de convergência. Adiantar qualquer coisa atrapalha a negociação”, afirmou.

Alir Terra disse que saiu com a indicação de um aporte de R$ 9 milhões para tratar da pendência com os médicos. “O que posso falar é que o 13º dos médicos será pago com uma parcela de nove milhões que o governo vai aportar agora em 10 de janeiro. Está garantido”, afirmou à reportagem.

Questionada sobre o pedido de penhora de bens e valores feito pelo MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul), a presidente afirmou que não comentaria. Ela também não garantiu que a proposta em discussão será aceita.

“Não posso responder sobre ação judicial porque ainda está em andamento. Sobre o que colocaram na mesa, não tem nada concluído. É apenas uma proposta e isso não se fala. Prefiro deixar isso na responsabilidade deles”, declarou.

Greve - O Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) convocou médicos da Santa Casa de Campo Grande para assembleia que discutirá o não pagamento do 13º salário. A reunião será nesta segunda-feira, às 19h, na sede do sindicato, na Rua Eduardo Santos Pereira, 456, no Centro.

Segundo o presidente do sindicato, Marcelo Santana Silveira, o hospital não chamou os médicos para negociação e eles seguem sem previsão oficial de pagamento. “Não chegaram a chamar os médicos para acordo algum. Não pagaram, simplesmente, e não propuseram data para pagar. Genérica e previamente, haviam proposto pagar todos os trabalhadores em três vezes a partir de janeiro”, afirmou.