Professor demitido da UFMS após estupro está entre aprovados em concurso da PF
Investigação social, realizada em uma das fases do certame, é de caráter eliminatório e deve barrar a posse
No mesmo dia em que foi demitido da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), o professor de Biologia Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos, condenado por estupro em 2016, apareceu na lista de aprovados do concurso da PF (Polícia Federal) para o cargo de perito criminal.
RESUMO
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Professor demitido da UFMS por condenação de estupro foi aprovado em concurso da Polícia Federal para o cargo de perito criminal. Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos foi exonerado após Processo Administrativo Disciplinar, atendendo a protestos de estudantes. O docente, condenado em 2016 a oito anos de prisão em regime semiaberto por estuprar uma aluna de 22 anos durante festa universitária, deve ser barrado na etapa de investigação social do concurso. Mesmo após a denúncia, ele continuou lecionando e chegou a ser promovido em 2025, decisão posteriormente anulada.
A exoneração foi publicada nesta terça-feira (2), em portaria assinada no dia anterior, depois de processo administrativo disciplinar. A medida atendeu a um pedido antigo de estudantes, que chegaram a protestar diversas vezes no campus de Campo Grande pedindo a saída do docente.
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A surpresa veio com a lista divulgada hoje de aprovados no concurso da PF, que paga salários de até R$ 26 mil. Apesar da aprovação, as chances de posse são mínimas, porque o edital prevê a etapa de investigação social, realizada justamente para checar a vida pregressa dos candidatos e eliminar aqueles que não atendem aos critérios de idoneidade exigidos para a função. Essa etapa é uma das últimas do processo seletivo e deve inviabilizar a nomeação do ex-professor.
Abaixo, você vê a reprodução da lista de aprovados, publicada hoje:
O caso - O crime aconteceu em 2016, durante uma festa em república estudantil, quando uma aluna de 22 anos foi encontrada nua, desorientada e chorando, depois de ser seguida pelo professor até um quarto.
A Justiça condenou o docente a oito anos de prisão em regime semiaberto e ao pagamento de R$ 30 mil em indenização por danos morais, decisão ainda passível de recurso.
Mesmo após a denúncia, ele continuou lecionando e chegou a ser promovido em 2025, medida que foi anulada após pressão estudantil.
A reportagem tentou contato com Luiz por ligações e mensagens, mas não recebeu retorno.
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