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Capital

Professores esperam receber resíduo de 8,33%, além do reajuste de 11,36%

Flávio Paes | 20/01/2016 21:15

Os professores da rede estadual de ensino além do reajuste de 11,36%, aplicado no piso nacional do magistério, retroativo a 1º de janeiro, não vão abrir mão de receber um resíduo salarial de 2013 (referente a 1/3 da hora-atividade) que corresponde a um aumento de 8,33% no salário da categoria.

Esta diferença, que terá um custo mensal de R$ 1,7 milhão, deveria ter sido paga em 2014, mas a pedido do governador Reinaldo Azambuja, a Fetems concordou que fosse adiado para 2016, parcelamento em 11 meses.

O ex-governador André Puccinelli recorreu à Justiça para pagar a chamada hora-atividade, que corresponde aos 30% da jornada de trabalho do professor (6 horas por semana para quem tem 20 horas/aula) que ele pode se dedicar ao planejamento, elaboração e correção das provas. A Justiça deu ganho de causa ao magistério garantindo o recebimento retroativo do que deixou de pago.

Isto significa, tomando como referência que o reajuste do piso pode ter um custo adicional entre R$ 11 e R$ 13 milhões, as duas correções trarão um impacto financeiro de quase R$ 15 milhões ao Governo do Estado.

Em outubro está previsto um reajuste suplementar de 5,92%, previsto no acordo para que até 2021 os professores estejam recebendo o piso nacional por jornada de 20 horas/aula. Somados, os três reajuste totalizam 27,77%.

"Na conversa que tivemos na terça-feira com a vice-governador em exercício, Rose Modesto, junto com os secretários, eles manifestaram a decisão da fazer a cumprir a lei, não se cogitou adiamento, muito menos redução dos índices", assegura o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores emEducação),Roberto Botarelli.

 " Na audiência agendada para o próximo dia 11 vamos discutir apenas a questão de como se feito o pagamento do valor referente a janeiro, que não poderia entrar ja no próximo pagamento, porque quando o índice do novo piso foi definido, a folha estava pronta", informa o sindicalista.

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