Retorno ao trabalho na Santa Casa é com expectativa pelo pagamento do 13º
Acordo prevê repasse de 50% hoje, até 10h, e o restante em janeiro
O dia seguinte ao fim dos protestos dos funcionários da Santa Casa foi de tranquilidade no hospital, mas também de expectativa. O retorno ao trabalho é de olho no relógio, já que o pagamento de 50% do 13º é esperado para as 10h.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Barbara Souza chegou cedo para retomar a função no setor administrativo. Diz que o dia de ontem foi de ansiedade à espera de acordo entre os sindicatos das categorias envolvidas no protesto e a diretoria da Santa Casa. “Esperando o pagamento”, diz. Ela afirma que a preocupação era com o Natal, já que a família tinha feito planos com o décimo para a festa. “Não é justo ficar sem receber”.
- Leia Também
- Para encerrar greve, Santa Casa fez manobra que deve impactar em fornecedores
- Trabalhadores aceitam proposta sobre 13º e encerram greve na Santa Casa
A festa de Natal também foi a preocupação de Thalini Caldas, colega de Barbara no setor administrativo. Ontem, não ficou até o fim da assembleia, mas foi avisada pelos colegas do acordo firmado, de pagamento de 50% do 13º hoje e o restante em janeiro. “Muita gente precisa do dinheiro, a gente vai receber família em casa e ia comprar as coisas como?”.
Funcionária do setor de enfermagem, Andreia Neves diz que participou ativamente dos dois dias de manifestação, nas caminhadas, na concentração no saguão da Santa Casa e da assembleia. Trabalha na instituição há quatro anos e diz que o atraso salarial é recorrente. “A gente trabalha em uma insegurança financeira, falam que o pagamento cai no 5º dia útil e nunca caiu”, reclamou. Agora, também espera que o acordo seja cumprido. “Se não, o sindicato toma as medidas necessárias”.
O retorno à normalidade também foi sentido por Raimunda Silva, que estava acompanhando o sobrinho de 12 anos, internado na pediatria. Notou que a limpeza foi feita e que está tudo tranquilo. “Tudo segue normal lá dentro”.
Acordo – Depois de dois dias de paralisação, o fim do protesto foi definido ontem. O pagamento será feito de forma linear, garantindo o mesmo percentual a todos os profissionais da categoria, independentemente da faixa salarial.
O presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de MS), Lázaro Santana, destacou que a enfermagem possui a complementação do piso salarial, paga com recursos federais, o que também foi levado em conta na negociação.
O salário dos médicos continua em atraso, já que não houve êxito na negociação intermediada com o MPT (Ministério Público do Trabalho).

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.



