Réu que matou amigo e jogou em fossa é condenado a 16 anos de prisão
Maxsuel Bruno da Silva alegou em depoimento, em 2020, que cometeu crime para evitar cobrança do PCC
Considerado foragido, Maxsuel Bruno da Silva, 30 anos, o “Maquito”, participou da sessão de julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri desta sexta-feira (11) por videoconferência e acabou condenado por matar e jogar o corpo de Leonardo Gomes Lescano na fossa de uma casa no Bairro Nova Lima, em Campo Grande. O crime aconteceu em 11 de junho de 2020, na Rua Martins Afonso de Souza.
RESUMO
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O homem foi denunciado pelo homicídio junto com Iago Romão de Almeida, o “Neguinho”, que será julgado em outro momento. Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Maxsuel convidou Leonardo para tomar uma cerveja no dia do crime para que os dois conversassem sobre uma dívida de R$ 100 que ele teria com a vítima.
Com o convite aceito, eles foram até residência e ingeriram bebidas alcoólicas. Em certo momento, Maxsuel levantou e disse que precisava urinar, porém, de surpresa, golpeou Leonardo com um pedaço de pau. O rapaz morreu no local. Iago estava junto e ajudou a jogar o corpo na fossa que tinha no quintal.
Durante o julgamento, os advogados Cairo Frazão e Elizangela Ventura da Cruz sustentaram a negativa de autoria para ambos os crimes – homicídio e ocultação de cadáver. Maxsuel não esteve no julgamento, sendo considerado foragido. No entanto, o Conselho de Sentença, por maioria de votos, decidiu por condenar o réu.
Com isso, o juiz Aluizio Pereira dos Santos sentenciou “Maquito” a 16 anos e nove meses pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A pena deve ser cumprida em regime fechado. O magistrado também determinou que ele indenize a família da vítima em R$ 10 mil, a serem corrigidos monetariamente desde a data da decisão e com juros de mora de 1% ao mês a contar da data do crime.

Confesso - Em julho daquele ano, Maxsuel esteve na 2ª Delegacia de Polícia Civil e confessou a autoria do crime. Em depoimento, ele relatou que conhecia Leonardo há 8 anos e que em 2015 havia comprado droga “fiado” e ficou devendo R$ 100 à vítima. Desde então ele vinha sendo cobrado pelo rapaz que afirmou que acionaria o PCC (Primeiro Comando da Capital) para receber o dinheiro.
Dois anos depois ele acabou sendo preso por tráfico e quando foi solto depois de 8 meses, foi procurado por Leonardo que o cobrou novamente dizendo que acionaria a facção criminosa. No dia do crime, ele foi até a casa de uma amiga de Iago para beberem e após usar cocaína decidiu ligar para a vítima para conversaram no local. Ele ficou sabendo que se não pagasse seria julgado em “tribunal do crime”, então houve discussão.
Neste momento ele disse que iria urinar apenas para encontrar algo para matá-lo. Foi então que achou um pedaço de pau e sem dizer nada deu um golpe na nuca da vítima. Depois que Leonardo caiu, ele bateu mais algumas vezes e quando percebeu que ele estava morto decidiu jogar o corpo na fossa, por isso, pediu ajuda de Iago.
O caso - O corpo de Leonardo foi achado na fossa de uma casa no Bairro Nova Lima, região norte de Campo Grande, na noite do dia 15 de junho. O corpo estava no local há cerca de 4 dias e foi encontrado pela moradora da casa durante limpeza no quinta.
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* Matéria editada para correção de informação.