Sargento do Exército é atropelado e família tenta localizar motorista
Veículo utilizado no crime era alugado; Condutor permanece foragido
Momento de lazer entre pai e filho, no fim de semana, terminou com o primeiro sargento Everton Sarturi, 40 anos, internado em estado grave na Santa Casa de Campo Grande. Ele foi atropelado depois de discutir com condutor embriagado na Vila Alba que minutos antes quase hospitalizou seu companheiro de caminhada de 11 anos. Familiares pressionam a polícia para encontrar o responsável que, por utilizar carro alugado, ainda segue foragido.
Dupla percorria trecho da Avenida Duque de Caxias, no sábado (16), quando o adolescente foi atingido por Fiat Strada que optou por não parar no sinal amarelo. Por conta da colisão, o condutor parou e quis cobrar pelos danos causados ao veículo. O adolescente se levantava com sua bicicleta e Everton chegou a discutir, mas cedeu propondo o pagamento mediante registro do acidente pela polícia de trânsito. Não houve acordo e o motorista deixou o local.
Testemunhas informaram, em boletim de ocorrência, que minutos depois o mesmo veículo invadiu a calçada e prensou Everton contra uma parede de concreto. O impacto resultou em traumatismo cranioencefálico, toráxico, fratura no braço e perna direitos, além de ferimentos na face. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e permanece internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do pronto atendimento da Santa Casa. O garoto não foi hospitalizado, mas apresentou escoriações leves decorrentes da primeira colisão.
A esposa do militar, Ariane Sarturi, 37 anos, relatou ao Campo Grande News que os sogros vieram do Rio Grande do Sul para assistir a família. Há busca por testemunhas e imagens do acidente registrado como tentativa de homicídio, lesão corporal culposa e evasão do local na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. A assessoria de imprensa do CMO (Comando Militar do Oeste) pontuou que a instituição orienta e apoia aos familiares do primeiro sargento, assim como auxilia a polícia nas buscas pelo suspeito do crime.
Revolta amigos de Everton o fato de não haver identificação do condutor embriagado que causou o acidente, uma vez que ele utilizava carro alugado com placas de Belo Horizonte (MG). "Lei seca tem que funcionar, temos que ter bafômetro, blitz, porque pais de família precisam parar de sofrer", comentou a madrinha dos filhos do militar e funcionária pública Diunes de Araújo, 52 anos. Caso é investigado pela 6ª Delegacia de Polícia Civil do Tijuca.