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Lado Rural

Na reta final da colheita, seca afeta 52% da área plantada em MS

Até 25 de abril, 99,7% da área total havia sido colhida, conforme estimativa da Aprosoja

Por Gustavo Bonotto | 30/04/2025 23:25
Na reta final da colheita, seca afeta 52% da área plantada em MS
Plantação de milho ressecada no interior de Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo/Aprosoja)

A seca afeta 52% da área plantada com soja em Mato Grosso do Sul, o equivalente a cerca de 2,3 milhões de hectares, na safra 2024/2025. Segundo a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja), as lavouras mais prejudicadas foram aquelas semeadas entre setembro e meados de outubro, período em que a estiagem foi mais intensa no estado.

De acordo com o engenheiro agrônomo Flavio Faedo Aguena, da entidade que faz o monitoramento, a falta de chuvas entre dezembro e janeiro comprometeu o enchimento de grãos, etapa decisiva para a produtividade da soja. “As lavouras mais afetadas são aquelas implantadas no início do plantio, que coincidiram com o período de estiagem mais intenso”, afirmou.

Apesar das perdas, a colheita avança. Até 25 de abril, 99,7% da área total havia sido colhida, conforme estimativa do Sigo (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), executado pela Aprosoja. A região sul é a mais adiantada, com 99,8% da área colhida, seguida pela região centro (99,6%) e norte (99,3%). No total, cerca de 4,4 milhões de hectares já foram colhidos.

Ao mesmo tempo, o plantio do milho segunda safra foi concluído no estado. A área cultivada chegou a 2,2 milhões de hectares, com expectativa de produção de 10,2 milhões de toneladas — alta de 20,6% em relação ao ciclo anterior. A produtividade média prevista é de 80,8 sacas por hectare.

Segundo Flavio, a cultura do milho também sentiu os efeitos do clima. A falta de chuvas e as altas temperaturas no início do ciclo impactaram principalmente as lavouras do sul e extremo sul do estado. “Embora as últimas semanas tenham registrado bons volumes de chuva, ainda é necessário que as precipitações continuem até o fim do ciclo para garantir boa produtividade”, disse.

A previsão do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) aponta chuvas abaixo da média entre abril e junho, especialmente nas regiões oeste e sudeste de Mato Grosso do Sul. A tendência também é de temperaturas mais elevadas, o que pode agravar os efeitos da estiagem sobre as lavouras em desenvolvimento.

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