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Capital

Secretário de Saúde diz que não há pressa para resolver destino de Scooby

Paula Maciulevicius | 18/07/2012 12:19

Cão continua no CCZ sendo tratado pelos ferimentos causados por ter sido arrastado em uma motocicleta pelo dono no último dia 9

Cão chegou ao CCZ no dia 9 de julho com ferimentos por maus tratos e sintomas de leishmaniose em estado avançado. (Foto: Minamar Júnior)
Cão chegou ao CCZ no dia 9 de julho com ferimentos por maus tratos e sintomas de leishmaniose em estado avançado. (Foto: Minamar Júnior)

Resolver o desfecho do caso Scooby não exige pressa das autoridades em Saúde da Capital. Hoje pela manhã durante assinatura do termo de cooperação técnica, no Hospital São Julião, o secretário municipal de Saúde, Leandro Mazina disse que a discussão vai seguir com calma e discernimento.

“Estamos discutindo com calma, porque ele ainda está sendo tratado pelos maus tratos que sofreu”, disse Mazina.

Segundo a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) o cão continua no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) sendo tratado pelos ferimentos causados durante o incidente em que foi arrastado em uma motocicleta pelo dono no último dia 9.

Dois exames para verificar se o cão tem a leishmaniose já foram feitos. O primeiro é um que constatou logo que o animal deu entrada no Centro e o segundo, já é mais elaborado e também foi positivo para a doença.

As autoridades em saúde aguardam agora o resultado de um terceiro exame. O sacrifício do cão, protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde em casos de leishmaniose, também está sendo tratado com cautela, depois que o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) disse que mesmo com todos os exames dando positivo, Scooby não será sacrificado.

Caso - Dois homens foram autuados no dia 9 de julho pelo crime de maus-tratos a animais porque transportaram um cão amarrado a motocicleta em que estavam. O animal chegou machucado ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).

O CCZ verificou que o animal, de grande porte e sem raça definida, chegou ao local com as patas ensanguentadas e apresentando sinais de maus-tratos. Foi verificado ainda que o cão havia sido arrastado amarrado à motocicleta desde o bairro Aero Rancho.

Diante da situação, o CCZ acionou a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista). Os policiais constataram os maus tratos e levaram Isarel José Martins, 57 anos, e Vilson Jara Coene, 43 anos, à delegacia, onde ambos foram autuados em flagrante.

Conforme registro policial, a moto era pilotada por Vilson, que é genro de Israel. Os dois assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência e vão responder pelo crime no Juizado Especial em liberdade. A pena é de três meses a um ano de detenção.

Ao Campo Grande News, os dois disseram que não tinham a intenção de machucar o cão e que só o levaram dessa forma porque já teriam entrado com o CCZ durante o último mês, pedindo visita.

O cão virou mascote de uma campanha virtual pedindo a mudança nas políticas públicas no tratamento da leishmaniose.

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