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Capital

“Sem poder público, Santa Casa afunda em um mês”, afirma Trad

Aline dos Santos | 27/08/2012 12:05

Por decisão judicial, o comando do hospital vai voltar para associação em 2013

Hospital está sob intervenção do poder público desde 2005. (Foto: Minamar Júnior)
Hospital está sob intervenção do poder público desde 2005. (Foto: Minamar Júnior)

Iniciada em janeiro de 2005, começo de seu mandato, o fim da intervenção do poder público é vista com preocupação pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB), que deixa em dezembro o comando da prefeitura de Campo Grande.

“Estamos vendo de fazer a cogestão. Aquilo ali não tem como não ter a participação do poder público, pode esquecer. Afunda em um mês. A Santa Casa não tem como suportar, além do custo, a falta de profissionalismo de uma gestão. Não tem”, afirma o prefeito, em entrevista exclusiva ao Campo Grande News.

Por decisão judicial, o comando do hospital vai voltar para ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) em meados de 2013. Há sete anos, o hospital fechou as portas. “Essa intervenção foi mais pelo fato de ela fechar sucessivamente, tempo após tempo, para depois vir com chantagem para cima do poder público, essa é a grande verdade”, reclama.

Segundo Trad, o hospital tem, hoje, pessoas que se dedicam 24 horas, técnicos com experiência na gestão hospitalar. “Você acha que tem escritório de arquitetura vai largar para ficar lá 24 horas? O que tem a banca de advocacia vai largar a banca de advocacia para ficar lá 24 horas por dia? Faziam isso antigamente, por isso que degringolou desse jeito”, afirma.

A dívida da Santa Casa de Campo Grande cresceu quase 22% no ano passado. Em 2010, o montante totalizava R$ 68,9 milhões. Já em 2011, aumentou para R$ 84,2 milhões. Os dados são do balanço da KPMG Auditores Independentes.

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