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Capital

Sepultamento de segurança é marcado por revolta de parentes e amigos

Francisco Júnior e Viviane Oliveira | 12/09/2011 11:50

Jhon foi morto com dois tiros, um no peito e outro na nuca, por volta das 03h deste domingo em frente à boate Voodoo, localizada na rua 13 de junho, onde trabalhava como segurança

Enterro foi marcado pela revolta de parentes de amigos do segurança. (Foto: João Garrigó)
Enterro foi marcado pela revolta de parentes de amigos do segurança. (Foto: João Garrigó)

O sepultamento do segurança Jhon Eder Cortiana Gonçalves, de 33 anos, morto na madrugada de domingo (11) enquanto trabalhava na boate Voodoo, foi marcado pela revolta de parentes e amigos.

O músico Rodrigo Faleiros, de 28 anos, disse que ficou chocado ao saber da morte do amigo. Segundo ele, Jhon Eder trabalhava na boate há oito meses, e que no local não tinha incidentes de brigas. “O bar não tem briga. Por conta de dois idiotas aconteceu mais um tragédia dessas”, afirmou integrante da banda Jennyfer Magnética.

Reni de Almeida Prospero, de 36 anos, amigo de infância da vítima, considera uma brutalidade o que fizeram com o segurança. “Uma pessoa que está no bar para dar segurança a outras pessoas e aconteceu isso”.

Durante o sepultamento realizado na manhã de hoje, no cemitério Jardim da Paz , localizada na saída para Sidrolândia, várias homenagens foram prestadas ao segurança através de orações e músicas.

Crime - Jhon foi morto com dois tiros, um no peito e outro na nuca, por volta das 03h deste domingo em frente à boate Voodoo, localizada na rua 13 de junho, onde trabalhava como segurança.

Colega do trabalhador, João Antônio dos Santos Cardoso, 22 anos, testemunhou o caso. Ele conta que em um determinado momento um dos rapazes presos pegou sem pedir uma garrafa de vodka do bar.

Ele tentou conversar com os clientes, mas um acertou uma garrafada em sua cabeça. O que deu início a um briga. Outros seguranças do local retiraram os jovens do bar e levaram para a rua.

Os rapazes passaram a danificar veículos que estavam estacionados na via pública. Jhon Eder saiu da casa noturna para conter os autores e acabou atingido por dois tiros.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas o segurança chegou morto na unidade de saúde do bairro Coronel Antonino. Jhon Eder trabalhava no local desde que o bar inaugurou, no ano passado. A esposa dele era caixa e ajudava na limpeza do bar. Colegas da vítima não deixaram a mulher ver o marido ferido. O casal tem uma filha de seis anos.

Diego Ferreira de Souza, de 23 anos, e Janquiel Marques da Silva júnior, 22 anos, foram presos e autuados em flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe. Diego confessou ter atirado no segurança. Ele ainda relatou que já entrou na casa noturna armado.

Mesmo Diego tendo confessado, testemunhas afirmar que foi Janquiel quem atirou. Os dois passaram por exame residuográfico para identificar quem efetuou os disparos. Eles foram presos pela Polícia Militar quando já estavam na Afonso Pena com a avenida Bandeirantes.

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