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Capital

Solurb mantém apenas 25% da coleta na cidade e pressiona por pagamento

Alan Diógenes | 15/10/2015 15:38
Apenas 25% do serviço está em funcionamento. (Foto: Marcos Ermínio)
Apenas 25% do serviço está em funcionamento. (Foto: Marcos Ermínio)

Alegando não ter mais recursos para manter o serviço, a Solurb, empresa responsável pela coleta de lixo em Campo Grande, está operando apenas com 25% das atividades. Na manhã de ontem (14), a concessionária já havia suspendido quase todo o serviço, com apenas 12 dos 40 caminhões fazendo a coleta, mas logo normalizou a situação.

Através de nota, a Solurb informou que “as operações só voltarão a normalidade com o pagamento das faturas em atraso por parte da Prefeitura Municipal ou liberação pelo poder judiciário dos valores bloqueados”. Disse também que os demais serviços realizados pela empresa, ainda, não tiveram as operações suspensas.

Nesta quinta-feira (15), os advogados da Solurb recorreram ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que há duas determinou o bloqueio de até R$ 19 milhões. Este recurso é exatamente para possibilitar que a empresa não interrompe a coleta, um serviço de caratér essencial para a cidade. Também será pedido o aumento do percentual do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) bloqueado, já que os 20% determinados, tem sido insuficientes para o cumprimento da decisão judicial.

Desde que voltou ao cargo no último dia 26 de agosto, o prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) vem mantendo uma queda de braço com a Solurb. Nos últimos meses a justiça do bloqueou em setembro, R$ 1,5 milhão e mais R$ 2,8 milhões para garantir o pagamento dos 1.080 funcionários. No mês passado a coleta foi interrupta por 11 dias, com a greve dos coletores que cobravam o recebimento dos salários.

Em entrevista anterior ao Campo Grande News, o advogado da empresa, Ary Raghiant, afirmou que a empresa precisa dos recursos para honrar compromissos com fornecedores (de combustível) além do leasing uma espécie de arrendamento) de 30 caminhões coletores. Estes são os insumos fundamentais para o serviço não ser interrompido totalmente. Também estão atrasadas as faturas de junho, julho, agosto e agora a de setembro, são mais R$ 5 milhões. Ou seja, o crédito voltou ao patamar de R$ 20 milhões existente até os bloqueios.

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