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Capital

Suicídio expôs falha, diz aluno; Uniderp afirma que prestou atendimento

Em nota, universidade lamenta morte de acadêmica e decreta luto de três dias

Flávia Lima | 14/04/2015 10:22

Em nota divulgada na manhã desta terça-feira, a universidade Uniderp-Anhanguera, comunica que prestou os primeiros socorros, através do posto de emergência localizado dentro da própria instituição, à aluna Cristiane Valdenice Carvalho, que caiu do terceiro andar do bloco 9, onde frequentava o curso de Matemática. Um aluno denunciou que não havia nenhuma equipe médica na instituição.

A direção também afirma que acionou o Corpo de Bombeiros e a equipe de urgência médica terceirizada que presta serviços à universidade. A aluna foi levada para a Santa Casa pelos bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu após dar entrada no hospital.

A direção da Uniderp-Anhanguera decretou luto de três dias, sem suspensão das aulas e está prestando apoio aos familiares. A universidade ainda aguarda o resultado da perícia policial, realizada ontem à noite.

Já um aluno do curso de Engenharia Civil, que pediu para não ser identificado, entrou em contato com o Campo Grande News e afirmou que os primeiros socorros foram prestados pelos próprios alunos da instituição que encerrava as aulas no momento da queda de Cristiane.

O aluno afirma que o acidente aconteceu pro volta das 22h20 e como as aulas no período terminam entre 22h30 e 22h40, não havia quase ninguém no local, porém ao ouvir o barulho da queda, um segurança correu para ajudar a aluna e logo um grupo de pelo menos 20 estudantes, incluindo um professor do curso de Engenharia, se formou no local da queda.

O estudante ainda ressalta que nenhum profissional do serviço de urgência médica terceirizado mantido na instituição compareceu ao local para prestar apoio. Ele disse que de fato existe o serviço na instituição, que conta com pelo menos três profissionais, além de uma moto de primeiros socorros. Ele também sustenta que nenhum funcionário do posto de emergência da Uniderp-Anhanguera estava no local.

O aluno de Engenharia conta que Cristiane ainda respirava e tinha pulso quando os alunos chegaram para ajudar e que muitas pessoas ficaram nervosas, já que a maior parte do corpo docente e funcionários havia ido embora. A assessoria de imprensa da universidade rebate as declarações do estudante e afirma que profissionais da brigada treinada para prestar primeiros socorros compareceram ao local.

O que pode ter acontecido, segundo a assessoria, é que no meio da confusão, o estudante não teria percebido a presença desses profissionais que não estavam com identificação visível. Já quanto ao serviço terceirizado, a assessoria também sustenta que a equipe apareceu, porém como os bombeiros chegaram antes, acabaram realizando os procedimentos.

Ainda conforme o estudante de Engenharia, os alunos foram até a sala de onde a aluna caiu e procuraram alguma identificação em sua bolsa, porém só encontraram a carteirinha de acesso a universidade. Ela foi identificada somente após chegar à Santa Casa.

O estudante ressalta também que Cristiane caiu do quarto andar e não do terceiro como foi divulgado, já que no Bloco 9, onde ocorreu o acidente, há um subsolo. Ele calcula que ela tenha caído de uma altura de pelo menos 16 metros. Os alunos acreditam que ela era caloura do curso, já que um estudante do sexto semestre de Matemática não a conhecia. A assessoria ressalta que a queda ocorreu no terceiro andar.

O aluno de Engenharia Civil conta que o grupo ficou ao lado de Cristiane até a chegada dos bombeiros, que levaram cerca de sete minutos para chegar e que depois o local foi isolado.

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