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Capital

Suspeitos de participar de execuções e esconder corpos em "cemitério" são presos

Um homem de 24 anos e uma mulher de 23 anos foram detidos depois de diligência que flagrou tráfico de drogas

Lucia Morel e Geisy Garnes | 29/09/2021 18:52
Escavações em área usada como cemitério clandestino às margens do Córrego Bálsamo, no Santo Eugênio. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Escavações em área usada como cemitério clandestino às margens do Córrego Bálsamo, no Santo Eugênio. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

Por suspeita de envolvimento em execuções de duas pessoas encontradas enterradas em cemitério clandestino no Bairro Santo Eugênio, em Campo Grande, dupla foi presa pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), entre ontem e esta quarta-feira (29). Um homem de 24 anos e uma mulher de 23 anos foram pegos depois de diligência que flagrou tráfico de drogas no Bairro Universitário.

A primeira prisão foi ontem, do homem de 24 anos, Josyel Aparecido Lemos da Silva, que seria o braço do PCC (Primeiro Comanda do Capital) no Santo Eugênio. Ele estava em casa no Universitário, onde uma segunda mulher de 19 anos também foi presa. Com eles, estavam 53,4 gramas de pasta base de cocaína, uma balança de precisão e R$ 1.932,00 em dinheiro.

Ao averiguarem a identificação, os policiais descobriram que havia contra Josyel, um mandado de prisão temporária de 30 dias, referente à investigação do achado de cadáveres às margens do Córrego Bálsamo, no Santo Eugênio.

Depois da prisão, em outra casa da mulher de 19 anos, no Jardim Centro Oeste, foram encontrados 51 gramas de cocaína e balança de precisão.

Josyel em foto de rede social. (Foto: Redes Sociais)
Josyel em foto de rede social. (Foto: Redes Sociais)

Já hoje de manhã, também no Santo Eugênio, a DEH cumpriu o segundo mandado de prisão, desta vez, contra uma mulher de 23 anos, também suspeita de envolvimento no cemitério clandestino. O mandado é de prisão temporária de 30 dias.

Segundo divulgado pela DEH, a mulher presa por tráfico passará por audiência de custódia e ficará à disposição do Poder Judiciário. Já o homem Josyel e a segunda mulher presa serão mantidos sob custódia da Polícia Civil por 30 dias.

Cemitério – A investigação sobre a existência de cemitério clandestino em área de brejo começou em julho deste ano. Análise preliminar feita no IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) apontou que é do sexo masculino, a primeira ossada no local. A investigação aponta ainda que a vítima foi morta com golpes do que aparentam ser pauladas ou pedradas.

Segundo Delano, em entrevista à época, um “detector de cadáver”, equipamento criado por perito de Mato Grosso do Sul, apontou o local exato onde os restos mortais estavam e também indicou a presença de outros em dois pontos, um deles, onde foi localizado o cadáver de Jhon Wellington, em avançado estado decomposição, uma semana depois da primeira descoberta. Ele aparentemente foi morto com tiro na cabeça.

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