Telhas de zinco "protegem" cemitério há 3 anos, sem sinal de obra definitiva
Segurança do local, que tem cerca de 3 mil metros de perímetro, é reforçado à noite e de madrugada
Há três anos e dois meses, parte do muro do Cemitério Santo Amaro segue coberta por tapumes metálicos que podem ser facilmente removidos, e até furtados. No último sábado (4), um catador de recicláveis foi flagrado levando uma das chapas de alumínio em plena luz do dia.
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O Cemitério Santo Amaro, em Campo Grande, enfrenta problemas de segurança há mais de três anos devido a tapumes metálicos que substituem trechos do muro danificado. A situação teve início em agosto de 2022, quando uma ventania de 85 km/h derrubou parte da estrutura, e agravou-se em outubro de 2023 com nova queda. A fragilidade da proteção tem facilitado invasões e furtos, como ocorrido recentemente quando um catador foi detido ao tentar roubar uma das chapas de alumínio. O local, com perímetro de 3 mil metros, também enfrenta problemas com descarte irregular de oferendas e invasões para práticas religiosas, especialmente aos fins de semana.
Guardas municipais responsáveis pela segurança do local, que tem cerca de 3 mil metros de perímetro, afirmam que o patrulhamento é reforçado à noite e de madrugada, quando há maior risco de invasões. As rondas buscam evitar furtos e atos de vandalismo contra os túmulos.
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O muro cedeu pela primeira vez em agosto de 2022, após ventania de 85 km/h que atingiu Campo Grande. Desde então, os tapumes foram instalados e permanecem no lugar. Em outubro de 2023, outro trecho caiu — pouco antes do Dia de Finados — e também não foi reconstruído, como constatou o Campo Grande News.
No episódio mais recente, o catador aproveitou a fragilidade da estrutura e arrancou uma das chapas, mas foi abordado por guardas municipais. Ele confessou o furto e acabou levado à delegacia. O caso foi registrado como roubo impróprio, já que, após subtrair a telha, o homem passou a xingar e ameaçar de morte funcionários do cemitério.
Cristiano Silveira, encarregado do local, afirma que o tamanho da área dificulta o controle. “É complicado perceber tudo o que acontece, principalmente nos fins de semana. É quando há mais invasões, inclusive de pessoas que vêm fazer oferendas e, às vezes, usam animais”, relata.
Segundo ele, além dos furtos, o descarte de oferendas é outro problema recorrente. “Depois do fim de semana, os meninos encontram muita coisa e precisam limpar. Quando há animais, o cheiro é forte. Segunda-feira é o pior dia”, comentou.
A reportagem solicitou posicionamento da Prefeitura de Campo Grande sobre a recuperação do muro, mas não obteve resposta até o fechamento deste material.
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