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Capital

TJ-MS concede habeas corpus e liberta ex-deputado preso pelo Gaeco

Ary Rigo foi detido e levado para a 3ª DP na manhã de terça-feira. Além dele, outras 11 pessoas foram presas

Nyelder Rodrigues | 30/08/2017 22:22
Ary Rigo deixando o Imol, onde fez exame antes de ser preso, terça-feira (Foto: André Bittar/Arquivo)
Ary Rigo deixando o Imol, onde fez exame antes de ser preso, terça-feira (Foto: André Bittar/Arquivo)

O TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) concedeu ao ex-deputado estadual Ary Rigo habeas corpus, o libertando da prisão temporária que iniciou na terça-feira (29), após o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagar em Campo Grande a Operação Antivírus.

Rigo ficou nas celas do 3ª DP (Delegacia de Polícia Civil) com o sócio da empresa Digitho Brasil, Jonas Schimidt das Neves, e o secretário Claudinei Martins Rômulo, também presos temporariamente pela operação que apura irregularidades no Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul).

No caso, Jonas e Claudinei foram libertados ainda na terça-feira por habeas corpus concedido pelo desembargador de plantão, João Maria Lós, que também concedeu a liminar em favor de Rigo.

O advogado do ex-deputado, Carlos Marques, argumentou que não há elementos suficientes para que o ex-parlamentar continue preso, já que ele foi detido para ser ouvido pelo Gaeco, mas até esta tarde, não foi.

As medidas impostas por Lós para Rigo permanecer solto são as mesmas para a dupla de ontem, sendo elas comparecer periodicamente em juízo e proibição de frequentar as dependências do Detran e de manter contato com funcionários do órgão. Ele também considerou é desnecessário o uso de tornozeleira, já que não há indício de fuga do ex-deputado.

Antivírus - Pelo menos 20 endereços foram visitados pela equipe da Gaeco nesta terça, sendo que oito empresas são investigadas no Estado por possível participação em crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Nove mandados de preventiva e três mandados de prisão temporária foram cumpridos, além de 29 mandados de busca e apreensão. Mais de R$ 95 mil em dinheiro foram apreendidos. A investigação, segundo o MPE ((Ministério Público Estadual), começou em 2015. Não foram informados o valor dos contratos sob apuração.

O ex-deputado estadual Ary Rigo, Jonas e Claudinei Mastins, foram presos temporariamente e são suspeitos de crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, além de participar de organização criminosa.

Já os presos preventivamente foram o diretor-presidente do Detran, Gerson Claro Dino, o diretor-adjunto Donizete Aparecido da Silva, o chefe de departamento Erico Mendonça, o diretor administrativo e financeiro, Celso de Oliveira, e o diretor de Tecnologia, Gerson Tomi. A situação fez com que o Governo determinasse rigorosa apuração dos fatos.

Também foram presos em medida preventiva José do Patrocínio Filho, Fernando Roger Daga e Anderson da Silva Campos, sócios e ex-sócio da empresa Pirâmide Informática, além de Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, servidor público estadual lotado na Sefaz (Secretaria de Governo do Estado de Mato Grosso do Sul).

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