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Capital

Trânsito da Capital tem redução de mortes, mas alta velocidade ainda é vilã

Durante o lançamento de campanha, a Agetran apontou que 17 mortes ocorreram no trânsito entre janeiro e abril

Por Mylena Fraiha e Murilo Medeiros | 05/05/2025 11:13
Trânsito da Capital tem redução de mortes, mas alta velocidade ainda é vilã
Idoso morreu atropelado por carro na Avenida Tamandaré, em Campo Grande, em junho de 2024 (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo).

Campo Grande registrou uma queda de 26% no número de mortes no trânsito nos quatro primeiros meses de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. Apesar disso, a alta velocidade segue como o principal fator responsável pelas fatalidades. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) durante o lançamento da campanha Maio Amarelo, realizado na Praça Ary Coelho, com o tema “Desacelere. Seu bem maior é a vida”.

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Campo Grande apresentou redução de 26% nas mortes no trânsito entre janeiro e abril de 2024, comparado ao mesmo período de 2023. Foram 17 óbitos, sendo 15 motociclistas, um pedestre e um motorista de carro. Apesar da queda, a alta velocidade continua sendo a principal causa de acidentes, segundo autoridades. A campanha Maio Amarelo, com o tema "Desacelere. Seu bem maior é a vida", visa conscientizar a população sobre a importância da segurança viária. A Agetran coordena ações como palestras, blitzes e atividades em escolas e empresas. A fiscalização intensificada, principalmente nos bairros, contribui para a redução de mortes, de acordo com o comandante do Batalhão da Polícia Militar de Trânsito. Motociclistas permanecem como as maiores vítimas, representando a maioria dos feridos em acidentes. A prefeita Adriane Lopes ressaltou a importância da campanha para todos, incluindo pedestres e ciclistas, e anunciou Campo Grande como sede do evento nacional de encerramento do Maio Amarelo, em 27 de maio.

A ação marca o início de uma série de atividades coordenadas pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), que incluem palestras, blitzes educativas e ações em escolas, empresas e espaços públicos. A proposta é incentivar uma mudança de comportamento não apenas no trânsito, mas no ritmo cotidiano, promovendo mais empatia e segurança.

De acordo com os dados apresentados, de janeiro a abril deste ano foram registradas 17 mortes no trânsito da Capital. Dessas, 15 eram motociclistas, uma era pedestre e uma, condutor de carro. No mesmo período de 2024, foram 23 óbitos: três em janeiro, três em fevereiro, oito em março e nove em abril. Neste ano, os números foram: três em janeiro, cinco em fevereiro, cinco em março e quatro em abril.

Trânsito da Capital tem redução de mortes, mas alta velocidade ainda é vilã
Carlos destaca que, embora tenha havido redução nas mortes, o número de acidentes permanece alto (Foto: Marcos Maluf).

O tenente-coronel Carlos Augusto Pereira, comandante do Batalhão da Polícia Militar de Trânsito, destacou que a fiscalização mais intensa nos bairros tem contribuído para os resultados. “A gente quer acreditar que essa diminuição se dá devido ao trabalho de fiscalização mais intenso. Principalmente nos bairros, temos feito um trabalho mais repressivo para inibir a incidência de condutores sem CNH. Para essas pessoas, a fiscalização não é um impeditivo”, explicou.

Segundo o comandante, embora tenha havido redução nas mortes, o volume de acidentes continua elevado. “No ano passado, tivemos em média mil acidentes por mês. Desses mil, 300 resultaram em vítimas e, entre elas, 270 eram motociclistas. Isso mostra que, mesmo com a redução nas mortes, os motociclistas continuam sendo as principais vítimas”, acrescentou.

Trânsito da Capital tem redução de mortes, mas alta velocidade ainda é vilã
Ciro reforçou que a maior causa de acidentes é o excesso de velocidade (Foto: Marcos Maluf).

O diretor de trânsito da Agetran, Ciro Vieira, reforçou que a maior causa de acidentes é o excesso de velocidade. “Nós queremos conscientizar as pessoas de que hoje elas estão aceleradas, não só no trânsito, mas no dia a dia, com muita correria e estresse. É preciso chamar atenção para obedecer às regras de trânsito, desacelerar, parar nas faixas e respeitar a velocidade máxima”, disse.

Para Ciro, o comportamento no trânsito ainda é imprudente, especialmente entre os motociclistas. “Hoje eles são as principais vítimas, em razão da velocidade, da falta de consciência e por estarem em veículos que causam maior dano ao corpo humano em uma colisão”, alertou.

Trânsito da Capital tem redução de mortes, mas alta velocidade ainda é vilã
Prefeita destacou a importância da campanha para toda a população, não apenas para motoristas (Foto: Marcos Maluf).

Durante o evento, a prefeita Adriane Lopes (PP) destacou a importância da campanha para toda a população, não apenas para motoristas. “É uma consciência de cuidado com o próximo. A campanha é importante também para pedestres e ciclistas. Com a redução de mortes, Campo Grande foi colocada como referência nacional em segurança viária”, afirmou.

A prefeita anunciou ainda que, no dia 27 de maio, a Capital sediará um evento nacional de encerramento do Maio Amarelo. “Vamos estar na frente das escolas, nas avenidas, nos semáforos, conscientizando a população da importância de desacelerar, para que a gente possa zerar o número de sinistros na nossa Capital”, declarou.

Trânsito da Capital tem redução de mortes, mas alta velocidade ainda é vilã
Panfletos são distribuídos para motoristas no Centro da Capital (Foto: Marcos Maluf)

A campanha também tem apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), que atuará nas rodovias durante o mês de maio. Segundo o policial rodoviário Fábio Sodré, o excesso de velocidade é um problema frequente tanto nas cidades quanto nas estradas. “A velocidade é a causa da maioria dos sinistros graves, ou pelo menos, sempre um agravante. Mesmo quando não é a causa direta, ela agrava os ferimentos e aumenta a chance de mortes”, afirmou.

A cerimônia de abertura contou com a presença de representantes da Agetran, GCM (Guarda Civil Metropolitana), PMMS (Polícia Militar Mato Grosso do Sul), Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), Cetran-MS (Conselho Estadual de Trânsito), DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), PRF e do GGIT  (Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito), além de entidades civis e empresas apoiadoras.

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