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Cidades

CCR ainda estuda o que fazer em 'pontos críticos' da duplicação

Chloé Pinheiro e Leonardo Rocha | 18/08/2016 10:34
Restaurante às margens da BR-163, próximo a Anhanduí, é um dos entraves para duplicação (Foto: Arquivo)
Restaurante às margens da BR-163, próximo a Anhanduí, é um dos entraves para duplicação (Foto: Arquivo)
Governador e ministro durante assinatura de contrato referente à duplicação da BR-163 em MS (Foto: Fernando Antunes)
Governador e ministro durante assinatura de contrato referente à duplicação da BR-163 em MS (Foto: Fernando Antunes)

Entre os mais de 800 km da BR-163 que serão duplicados com investimentos do Governo Federal, há pelo menos três pontos críticos com comércios e habitações cujos planos deverão envolver desvios e adequações. "Já foi definido que na Vila Vargas, em Dourados, haverá um desvio, mas ainda estamos estudando o que fazer no Anhanduí", contou o diretor presidente da CCR MS-Vias, empresa responsável pela rodovia, Roberto Jorge Calixto. 

A declaração foi feita durante a solenidade que celebrou o repasse de mais de R$700 milhões na duplicação da BR-163, a mais importante do Mato Grosso do Sul. O evento acontece na manhã desta quinta, 18, na Governadoria do Estado, com a presença do Ministro dos Transportes, Maurício Quintella, o Governador do Estado, Reinaldo Azambuja, o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi e outras autoridades.  

Segundo o dirigente da CCR, não há planos de desviar o trajeto da rodovia no distrito de Anhanduí. O bairro, no extremo sul de Campo Grande, é parte histórica da cidade e do Estado, e abriga estabelecimentos como o Restaurante Água Rica, que desde 1958 atende viajantes que se deslocam para Dourados. No final de 2015, os clientes do Água Rica chegaram a criar uma campanha para impedir que as obras da BR chegassem ali. 

"Vamos estudar a melhor forma de resolver a situação quando chegarmos lá", completou Calixto. 

Já os comerciantes da Vila Vargas e de mais outros três bairros em Dourados pedem desde 2015 que o projeto seja revisto para que eles possam manter seus negócios, que dependem em grande parte do comércio "beira da estrada". 

Calixto também falou sobre Campo Grande, onde se espera a construção de um Anel Viário. "Não está contemplado no projeto inicial, mas estamos abertos para conversar com a Prefeitura e estudar parcerias nesse sentido". 

Dos R$737 milhões a serem disponibilizados para a obra liberados hoje, R$527 milhões vem da Caixa Econômica Federal e R$210 milhões do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). 

A BR 163 atravessa o estado do Mato Grosso do Sul e, só aqui, conta com 845,4 km de extensão. 21 cidades do estado são cortadas pela estrada, onde vivem 1,3 milhão de pessoas. Calixto disse que as obras serão finalizadas até 2020. Mais cedo, o Presidente da Caixa Econômica Federal Gilberto Occhi afirmou que a conclusão estava prevista para 2018.

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