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Cidades

Correio tem 136 mil produtos em atraso e greve vai até quarta-feira

Lidiane Kober | 02/10/2013 15:30
Faixa em frente a agência da rua Barão do Rio Branco aponta a paralisação. (Foto:Marcos Ermínio)
Faixa em frente a agência da rua Barão do Rio Branco aponta a paralisação. (Foto:Marcos Ermínio)

No décimo quinto dia da greve, o Correio registra 136 mil correspondências em atraso em Mato Grosso do Sul. A empresa, porém, frisa que vem realizando mutirões nos finais de semana e que o acúmulo é referente a apenas a correspondências recebidas nesta semana. A paralisação deve encerrar na próxima quarta-feira (9), um dia depois do julgamento que decidirá impasse sobre o salário dos funcionários.

Segundo a assessoria de imprensa do Correio, por dia, chegam ao Estado 360 mil correspondências e encomendas, das quais 216 mil são endereçadas a Campo Grande. “Hoje, o atraso é de 136 mil objetos”, informou a assessoria. “No último final de semana, realizamos mutirão para zerar as entregas acumuladas, portanto, o atraso se refere apenas a correspondências recebidas desde segunda-feira (30)”, acrescentou.

Ainda de acordo com a assessoria, o atraso não engloba encomendas. “Temos um centro de entrega que realiza esse serviço e estes funcionários não aderiram à greve”, destacou. No total, o Correio conta com 1.693 colaboradores, dos quais, segundo a assessoria, 8% aderiram à paralisação.

O Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares), por sua vez, informa a adesão de 60% dos funcionários e estima que, apenas na Capital, são distribuídos, por dia, um milhão de objetos. “Não temos como estimar os produtos em atraso, mas com certeza a carga é grande”, comentou o secretário-geral Alexandre Takashi de Sá.

Julgamento – Depois de a empresa rejeitar, na segunda-feira (30), contraproposta dos funcionários, a categoria decidiu aguardar julgamento do caso no TST (Tribunal Superior do Trabalho). A grande expectativa é no sentido de a Justiça acolher pedido de abono de R$ 100, mais reajuste de 8%.

A empresa chegou a aceitar pagar o aumento, mas rejeitou o abono. “Então, decidimos aguardar a posição do TST, que marcou para 8 outubro o julgamento, portanto, de qualquer forma no dia 9 voltamos ao trabalho”, anunciou Alexandre.

A categoria também reivindica a manutenção da Assistência Médica (Correio Saúde) nos moldes atuais e extensivos aos novos empregados. Os funcionários também querem o abono dos dias parados, incluindo as paralisações dos dias 11 de julho e 30 de agosto.

Além disso, eles apelam pela implantação da entrega postal matutina em todo o território nacional, pagamento do auxílio creche, sem discriminação e contratação imediata de mais trabalhadores.

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