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Cidades

Goiás confirma dois casos de febre amarela e põe MS em alerta

Antonio Marques | 04/06/2015 17:44
Goiás já confirmou dois casos de febre amarela e avisa os estados vizinhos para ficarem em alerta (Foto: Divulgação/portal730.com.br)
Goiás já confirmou dois casos de febre amarela e avisa os estados vizinhos para ficarem em alerta (Foto: Divulgação/portal730.com.br)

Depois de confirmados dois casos de febre amarela e outros três suspeitos, conforme informado hoje, 4, à reportagem da Agência Brasil, a gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Goiás, Magna Maria de Carvalho, disse que já comunicou os estados vizinhos, incluindo Mato Grosso do Sul, para ficarem em alerta sobre a possibilidade da ocorrência da doença.

A última vez que foram registrados casos de febre amarela no estado foi em 2008. Foram confirmados 8 casos, com duas mortes naquele ano. No Brasil, foram notificados 65 casos suspeitos de febre amarela silvestre. Desse total, 38 casos foram confirmados, com 20 mortes.

Quanto aos prováveis locais de infecção dos casos confirmados, 55% foram em áreas silvestres de Goiás; 22% em Mato Grosso do Sul; 13% no Distrito Federal; 5% no Mato Grosso e 5% no Paraná. Devido ao feriado, a reportagem não conseguiu falar na Secretaria de Estado de Saúde.

EBC - Goiás já tem dois casos de febre amarela confirmados e outros três suspeitos, informou hoje (4) a gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do estado, Magna Maria de Carvalho.

Segundo ela, foi decretado estado de alerta na região, a fim de evitar o avanço da doença e, em especial, o risco de ter início um ciclo de transmissão urbana.

Dos cinco casos suspeitos, apenas um é residente em Goiás. Dois casos suspeitos foram identificados na cidade goiana de Alto Paraíso – um deles estrangeiro. Há também um caso em Niquelândia; um em São Miguel do Araguaia, envolvendo morador de Brasília; e um em Alexânia.

“Todo o estado já está em alerta. Comunicamos também os estados vizinhos, inclusive o DF, sobre essas ocorrências”, disse a gerente.

Magna explica que a secretaria tem atuado em duas frentes de combate à doença. “Primeiro, orientando as pessoas que nunca se vacinaram, ou que tomaram menos de duas doses de vacina, a procurar uma unidade de saúde e se vacinarem. A segunda, orientando as secretarias municipais desse municípios onde tiveram casos [suspeitos] a melhorar e intensificar o combate ao mosquito”.

Só está definitivamente imune a pessoa que tomar duas doses de vacina. A proteção, no entanto, já é efetiva dez dias após a primeira dose.

“É importante lembrar que a vacina contra febre amarela não faz parte do calendário básico de vacina de todos estados. Como Goiás recebe fluxo migratório importante, temos pedido [a outros estados] a ajuda para esclarecer as pessoas sobre a necessidade de que se vacinarem com pelo menos dez dias de antecedência”, acrescentou a gerente.

Magna informou que não há, até o momento, registro de transmissão na cidade. “A febre tem dois ciclos: silvestre e urbano. O grande temor é em relação às ocorrências no ciclo urbano. A doença é a mesma, mas a diferença é no vetor que transmite, no caso, o Aedes aegypti”, afirmou, referindo-se ao mesmo mosquito transmissor da dengue.

“Febre Amarela é uma doença endêmica em Goiás e em várias regiões do país. Tem caráter cíclico, com casos a cada cinco ou sete anos. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942. Eventualmente, a contaminação é na mata. Quando a pessoa vai para a cidade, em locais com a presença do Aedes aegypti, pode dar início de um ciclo de transmissão urbana”, disse ela.

De acordo com a Secretaria de Saúde, a última epidemia registrada em Goiás e regiões vizinhas foi em 2007/2008. Os sintomas da doença são parecidos com a dengue, inicialmente: dor de cabeça, febre, náusea, vômitos.

“Pode apresentar também icterícia, que é uma cor amarelada da pele e dos olhos”, esclarece Magna. A doença é considerada mais grave do que a dengue.

Como há dificuldades para identificá-la, as autoridades sugerem que , ao se depararem com qualquer um desses sintomas, as pessoas procurem de imediato uma unidade de saúde, para acompanhamento e para os exames laboratoriais necessários.

Com Pedro Peduzzi* – Repórter da Agência Brasil

*Com produção de Rosemary Cavalcati, do Radiojornalismo

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