Acusado de matar jornalista na fronteira em 2014, brasiguaio é preso no MT
Wilson Acosta Marques é acusado de matar repórter e estagiária a mando do irmão, ex-prefeito de cidade vizinha de Paranhos (MS)
Foi preso no Mato Grosso um dos pistoleiros acusados de assassinar o jornalista paraguaio Pablo Medina e a estagiária Antonia Almada. A dupla execução ocorreu perto da fronteira com Mato Grosso do Sul, em outubro de 2014. Wilson Acosta Marques, que tem dupla nacionalidade, foi localizado em Campo Verde, cidade a 140 quilômetros de Cuiabá.
Apontado como o autor dos tiros de escopeta calibre 12 contra o repórter a estudante, Wilson é irmão de Vilmar Acosta Marques, o Neneco, ex-prefeito de Ypehjú, cidade paraguaia vizinha de Paranhos. O duplo homicídio ocorreu no dia 16 de outubro de 2014 em Villa Ygatimí, departamento de Canindeyú.
Preso em Mato Grosso do Sul em 2015, Neneco foi extraditado para o Paraguai e atualmente cumpre pena de 39 anos de prisão por ser mandante da dupla execução. Medina foi morto porque havia denunciado em reportagens publicadas no jornal ABC Color a ligação de Neneco com o tráfico de drogas.
Wilson Acosta Marques era o único dos autores da dupla execução ainda foragido. Em janeiro de 2015, o outro pistoleiro, Flavio Acosta Riveros, sobrinho dos irmãos Marques, foi preso em Pato Branco (PR).
Dois anos depois, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou a extradição de Riveros por ele ter nacionalidade brasileira. Assim como Neneco, o bandido apresentou certidão de nascimento emitida pelo cartório de Sete Quedas e está sob custódia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR). O documento de Neneco, no entanto, foi considerado falso.
A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso ainda não se manifestou sobre a prisão de Wilson Acosta Marques.