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Interior

Alvo de atentado a tiros de fuzil é preso com a esposa na região de fronteira

O casal estava com uma pistola 9 milímetros e 26 munições intactas, na MS-164, zona rural de Ponta Porã

Ana Beatriz Rodrigues e Helio De Freitas, de Dourados | 01/09/2022 17:22
Pericia durante trabalho no dia do atentado em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Pericia durante trabalho no dia do atentado em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Sérgio Luiz Nunes da Silva, de 42 anos, e a esposa, Lúcia Laura Pereira Rodrigues, de 43 anos,  foram presos em Ponta Porã na última terça-feira (30).  “Tonico” como era conhecido, estava foragido desde o dia 17 de agosto. Ele foi ferido a tiros de fuzil no dia 11 do mês passado, durante perseguição na Avenida Gunter Hans.

A prisão foi feita por agentes das DOF (Departamento de Operações de Fronteira). Tonico, estava com uma pistola 9 milímetros e 26 munições intactas, na MS-164, zona rural de Ponta Porã.

De acordo com informações da DOF, policiais faziam bloqueio no Trevo conhecido como região do Copo Sujo, quando o homem tentou desviar da fiscalização.

Durante a abordagem o condutor apresentou muito nervosismo e em busca no interior do carro os agentes localizaram a arma escondida dentro de um saco de ração para cachorro.

Sérgio estava acompanhado de Lúcia, no mesmo caro que foi alvejado anteriormente: um Ford Ka preto. Ele ainda tentou mentir para os policiais dizendo que a arma pertencia a esposa, o que foi negado por ela.

Durante a abordagem, eles lembraram do atentado e disseram que por isso estavam fugindo. O autor e a esposa foram conduzidos, juntamente com a arma, carro e as munições, à Delegacia da Polícia Civil de Ponta Porã.

Ameaça: Sérgio Luiz já havia pedido transferência do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, em Campo Grande, para presídio em Aquidauana, a 141 quilômetros da Capital. A defesa alegava que ele estava sob ameaça de morte do PCC (Primeiro Comando da Capital)

Em julho deste ano, interpôs agravo em execução, alegando que Silva não é colaborador do PCC, como acusa o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), ao contrário: “é um opositor a esta referida organização, pelo qual corre risco de morte, visto que é ameaçado (...)”.

Os pedidos foram negados pela VEP (Vara de Execução Penal), justificando a periculosidade do detento: Sérgio Luiz foi condenado em quatro processos por roubo, tráfico de drogas, associação criminosa e posse ilegal de uso de arma de fogo.

Somadas, as penas chegam a 39 anos, 7 meses e 25 dias. Do total, falta cumprir aproximadamente 22 anos e 10 meses das condenações e, desde maio de 2021, havia sido beneficiado com o regime semiaberto.

Sérgio Luiz sendo socorrido pelos bombeiros na 6ªDelegacia de Polícia. (Foto: Direto das Ruas)
Sérgio Luiz sendo socorrido pelos bombeiros na 6ªDelegacia de Polícia. (Foto: Direto das Ruas)


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