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Interior

Apesar do fogo, "namoro" de onças é alento em região que sofreu com fogo

Miranda já registrou 60 focos de incêndio em novembro, mas as chamas não estão próximas do refúgio, atingido em setembro

Silvia Frias | 04/11/2019 11:33
Nusa e Shaka "namorando" na Fazenda Caiman, na última semana (Foto/Reprodução)
Nusa e Shaka "namorando" na Fazenda Caiman, na última semana (Foto/Reprodução)

Em meio ao ressurgimento dos incêndios do Pantanal, o Refúgio Ecológico Caiman, em Miranda, uma das áreas fortemente atingida pelos focos registrados em setembro apresenta agora baixo risco de ser alcançada pelas chamas que consomem a região.

A volta gradativa dos animais no refúgio é sinal dessa recuperação na fazenda, distante 31 quilômetros de Miranda: um vídeo postado pela Associação Onçafari flagrou casal de onças em comportamento de cópula. O avistamento aconteceu na semana passada.

Nusa e Shaka estavam juntos na área da fazenda e foram flagrados pela ONG. Durante cerca de 40 minutos foi possível vê-los, até que entraram na mata “e continuar o romance em lugar mais reservado!”, descreveu a associação, nas redes sociais.

Desde que os incêndios se intensificaram, a partir de 27 de outubro até 4 de novembro, Miranda registrou 222 focos, 13,4% do total, atualizado em 1662 focos, conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial).

Somente em novembro, foram 60 focos no município, que ocupa o 3º lugar no ranking de Mato Grosso do Sul.

De acordo com informações da ONG SOS Pantanal, o fogo está disseminado em diversas regiões do bioma, com focos no Passo do Lontra, área do Rio Negro, Fazenda Cristo, em Miranda e Nhecolândia.

Os pontos de incêndios não estão próximos do Refúgio Caiman e, atualmente, o risco de ressurgimento de focos é considerado baixo. Em setembro, 35 mil hectares da fazenda foram consumidos pelas chamas.

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