ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 28º

Interior

Armas de “soldados” do PCC foram usadas em execuções na fronteira

Os bandidos foram mortos em confronto com a polícia em Ponta Porã, no dia 11

Helio de Freitas, de Dourados | 19/01/2021 09:50
Fuzis, pistolas e revólveres encontrados com integrantes do PCC (Foto: Arquivo)
Fuzis, pistolas e revólveres encontrados com integrantes do PCC (Foto: Arquivo)

Armas encontradas com os oito bandidos do PCC (Primeiro Comando da Capital) mortos em confronto com a polícia no dia 11 deste mês em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, foram usadas em execuções na fronteira. A confirmação veio após resultado de exame de balística feita pela Polícia Nacional do Paraguai. Todos os mortos eram paraguaios.

Joni Alcides Trinidad Baez, 19, Diego Marcial Moraes González, 25, Blas Daniel Moraes Gonzales, 18, Daniel Irala Escobar, 31, os irmãos Edson Prieto Davalos, 27, e Oscar Prieto Davalos, 23, Fredi Portillo Rodriguez, 30, e Oscar Ruben Cardozo Delvalle, 32, faziam parte da célula da facção brasileira atuante na Linha Internacional.

Segundo a Direção Geral de Investigação Criminal, todos teriam participado, na madrugada do dia 10 deste mês, do ataque à unidade da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero, para tentar resgatar o atual principal líder do PCC na fronteira, Giovanni Barbosa da Silva, o “Bonitão”. O plano fracassou e Giovanni está agora no presídio federal de Catanduvas (PR).

Conforme a polícia paraguaia, o Sistema Integrado de Identificação Balística confirmou que um fuzil Ak-47 calibre 7.62x39 foi utilizado na dupla execução ocorrida no dia 4 de dezembro de 2020 no distrito de Sanja Pytã. Morreram no ataque Michel Antúnez Pinto, 35, e a filha dele, de 9 anos de idade. Laura Priscila Ortiz, mulher de Michel e mãe da menina, ficou ferida.

Já a pistola Glock 574, 9 milímetros, foi utilizada em três ataques na fronteira. A perícia confirmou uso da arma no assassinato de Marcial Robles, 25. Ele foi executado com 25 tiros no dia 12 de outubro de 2018. A mesma arma foi usada no atentado contra Ángel Ramírez, 43, e Hilario Recalde, 53, em um assentamento rural na fronteira, em 2 de setembro de 2020.

Também partiram dessa pistola os tiros que mataram o brasileiro Leandro de Oliveira, 24, no dia 15 de junho do ano passado, em Capitán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia (MS).

Outra pistola 9 milímetros encontrada com os bandidos mortos foi usada no assassinato de Alejandro Araújo, 31, no dia 12 de agosto de 2018, no bairro Obrero, em Pedro Juan Caballero. Sobre as outras armas – duas pistolas 9 milímetros e um fuzil M4 calibre 7.62x39, não foram encontradas evidências de que tenham sido utilizadas em execuções recentes na Linha Internacional.

Mortes – Os oito paraguaios estavam em uma casa no bairro Julia Cardinal, na saída de Ponta Porã para Dourados, quando foram surpreendidos por agentes da Polícia Civil em Ponta Porã e do Garras. Eles reagiram.

Seis foram feridos e morreram no hospital. Os outros dois foram mortos em confrontos com policiais do DOF e do Bope, entre a noite de segunda e a madrugada de terça-feira (12).

Nos siga no Google Notícias