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Interior

Brasileiro foragido da Operação Dublê é executado a tiros na fronteira

Edinei Pedroso de Moraes, o “Cupim” ou “Neno”, estava escondido no Paraguai e foi morto a tiros nesta tarde em Capitán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia

Helio de Freitas, de Dourados | 06/08/2018 16:24
Edinei de Moraes foi executado a tiros quando desceu da caminhonete (Foto: Capitan Bado.com)
Edinei de Moraes foi executado a tiros quando desceu da caminhonete (Foto: Capitan Bado.com)
Cartaz de procurado de Edinei de Morais (Foto: Arquivo)
Cartaz de procurado de Edinei de Morais (Foto: Arquivo)

O brasileiro Edinei Pedroso de Moraes, o “Cupim” ou “Neno”, apontado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) como um dos principais cabeças da quadrilha que usava carros de luxo para transportar maconha, desmantelada pela Operação Dublê, em novembro de 2014, foi executado a tiros nesta tarde.

A morte ocorreu em Capitán Bado, cidade paraguaia vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande. Ainda não há detalhes do caso, mas as primeiras informações indicam que Edinei estava escondido em território paraguaio e foi morto quando desceu de sua caminhonete. Ele levou vários tiros, principalmente na cabeça.

Ex-agricultor familiar que morava em um assentamento rural no município de Nova Andradina, Cupim tinha contra ele três mandados de prisão decretados pela Justiça de Mato Grosso do Sul. Ele também era procurado pela Interpol, a polícia internacional.

Ele e outras quatro pessoas não foram localizadas durante a operação realizada no dia 27 de novembro de 2014 em Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Segundo o Gaeco, na época ele já estava escondido em território paraguaio, na região de Capitán Bado, onde mantinha uma base de operação.

Edinei Moraes foi apontado pelo Gaeco como extremamente violento e perigoso e que seria responsável em ordenar roubos, assassinatos e latrocínios para atingir seus objetivos.

A Operação Dublê desmantelou uma quadrilha de traficantes de maconha que tinha grande facilidade em obter telefone celular e drogas dentro dos presídios nos três estados. Em alguns casos, os criminosos recebiam o celular no mesmo dia em que chegavam às penitenciárias.

Conversas por telefone interceptadas pelo Gaeco através de escutas autorizadas pela Justiça comprovaram que os traficantes presos faziam contato com outros criminosos do bando assim que entravam nos presídios.

Dos 16 traficantes autuados pelo Gaeco em 2014, nove já estavam recolhidos em unidades prisionais, de onde continuavam participando das ações da quadrilha especializada em transportar maconha em veículos de luxo.

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