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Interior

Chefe dos "sicários" na fronteira se entrega à polícia paraguaia

Aguacate é apontado como mandante da execução de vereador em Pedro Juan Caballero

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 17/08/2018 19:42
Aguacate dentro de uma das viaturas da Polícia Nacional Paraguai. (Foto: Divulgação)
Aguacate dentro de uma das viaturas da Polícia Nacional Paraguai. (Foto: Divulgação)

Foi preso, nesta sexta-feira (17) em Capitan Bado no Paraguai, Marcio Ariel Sánchez Giménez, de 29 anos, o “Aguacate”. O criminoso, visto como um dos chefes dos pistoleiros na fronteira do Brasil se entregou por volta das 13h30 no Palácio da Justiça da cidade paraguaia, acompanhado de sua advogada.

Ele estava foragido por suspeita de ser o mandante do assassinato do vereador Cristóbal Machado Vera. Mas também é apontado de participação na execução do policial Wescley Dias Vasconcelos em Ponta Porã, ambos os crimes ocorridos em março deste ano.

Aguacate que em português significa abacate tem no histórico criminal, duas acusações por homicídio doloso, tentativa de homicídio, roubo além da “fama” de ser um dos criminosos mais perigosos – e procurados - da fronteira.

Sánchez foi segurança do narcotraficante brasileiro Jorge Rafaat Toumani, morto em junho de 2016 em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Paraguai. Ele era um dos guarda-costas que acompanhavam o ex-chefão da fronteira, mas o grupo armado não conseguiu impedir a morte de Rafaat, metralhado dentro de seu veículo blindado.

Ele passou um tempo preso, mas ganhou liberdade meses depois e passou a se dedicar a crimes de pistolagem quando chegou ao posto de "chefe dos sicários", como são chamados na fronteira os criminosos que são pagos para cometer assassinatos.

Contratado por um traficante brasileiro por R$ 50 mil para matar o vereador, Aguacate repassou a empreitada para o paraguaio Carlos Armoa Escobar, 27, e lhe pagou R$ 10 mil pelo serviço. Carlos matou o vereador a tiros e preso quatro dias depois.

Cristóbal, que além de político e comerciante era fornecedor de maconha, vendeu uma carga da droga para o brasileiro, recebeu adiantado e teria informado a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) sobre o carregamento. Quanto a morte do investigador a polícia paraguaia apontava ter relação às investigações de Wescley quanto ao tráfico de drogas na fronteira. 

Wescley foi seguido pelos pistoleiros em um Honda Civic e executado no meio de uma rua em Ponta Porã. O principal suspeito de ser o mandante da morte do policial é Sérgio Quintiliano Neto o "minotauro" também ligado a Aguacate. 

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