Com 3 prisões, Gecoc mira quadrilha que fraudava licitações em prefeitura
Grupo criminoso é bem estruturado e atuava em contratações na cidade de Itaporã
A Operação “Fake Cloud”, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), foi às ruas nesta quinta-feira (dia 23) para cumprir três ordens de prisão preventiva, além de seis mandados de busca e apreensão. As equipes estão em Campo Grande, Corumbá e Itaporã.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
O Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) deflagrou a Operação "Fake Cloud" nesta quinta-feira, cumprindo três mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão em Campo Grande, Corumbá e Itaporã. A ação investiga grupo suspeito de fraudar licitações na Prefeitura de Itaporã desde 2022. A investigação revelou esquema de fraudes em contratações públicas para fornecimento de sistemas de backup em nuvem, mediante propostas fictícias e exigências técnicas que restringiam a concorrência. Agentes públicos recebiam propina para fornecer informações privilegiadas e organizar as fraudes procedimentais.
A investigação mira grupo suspeito de fraudar sistematicamente processos de licitação em Itaporã, a 234 km da Capital. São apurados os crimes de organização criminosa, fraude em contratações públicas e corrupção.
- Leia Também
- Negada soltura a secretário e empreiteiro presos por corrupção em paraíso de MS
- Justiça concede prisão domiciliar a servidora acusada de fraudes em Bonito
O Gecoc constatou a existência de um grupo criminoso estruturado que fraudava processos de contratações públicas por dispensa de licitação, voltados ao fornecimento de licença de sistemas de backup de dados em armazenamento em nuvem para o Poder Executivo Municipal de Itaporã desde 2022.
Após negociações ilícitas dos empresários com agentes públicos, diversos processos foram simulados e direcionados para beneficiar determinada empresa, mediante propostas fictícias e exigências técnicas previamente elaboradas para restringir a concorrência.
O papel dos agentes públicos, em conluio com os empresários, consistia em fornecer informações privilegiadas e organizar a fraude procedimental. A contrapartida era recebimento de propina.
“Fake Cloud”, termo que dá nome à operação, traduz-se da língua inglesa como “nuvem falsa”, e faz alusão aos objetos dos contratos: o backup de dados em armazenamento em nuvem, o que não era fornecido ao ente público.
A ação tem apoio operacional do Gaeco (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado).
A Prefeitura de Itaporã informou que a operação “Fake Cloud” refere-se exclusivamente a procedimentos administrativos ocorridos durante a gestão municipal de 2021 a 2024, especificamente vinculados ao Processo Licitatório nº 183/2022, cuja vigência encerrou-se integralmente no referido período.
"A atual administração, sob a gestão do Prefeito Tiago Carbonaro desde 1º de janeiro de 2025, não possui qualquer vínculo, envolvimento ou responsabilidade sobre os contratos, atos ou decisões mencionados na investigação. Todos os fatos apurados antecedem completamente o atual mandato e não guardam qualquer relação com a presente gestão", informa a nota enviada à imprensa.
Matéria editada para acréscimo de informações da Prefeitura de Itaporã.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.