Após 8 meses, corpo carbonizado de servidora é identificado e sepultado
A identificação foi complexa devido ao estado do corpo, exigindo várias tentativas de extração de DNA

Após oito meses de espera, os restos mortais da servidora Leiza Ávila Ferraz, de 59 anos, finalmente serão sepultados nesta quarta-feira (25), no Cemitério Municipal de Nioaque, a 184 quilômetros de Campo Grande. A vítima teve o corpo carbonizado e foi encontrado no lixão da cidade 13 dias após desaparecer, em outubro de 2024. Desde então, os restos estavam sob análise no IML (Instituto Médico Legal) de Jardim.
RESUMO
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Após oito meses, corpo carbonizado de Leiza Ávila Ferraz, 59 anos, será sepultado em Nioaque (MS). O corpo foi encontrado em outubro de 2024 no lixão da cidade, 13 dias após seu desaparecimento. A identificação foi complexa devido ao estado do corpo, exigindo várias tentativas de extração de DNA pela Polícia Científica. O pedreiro Aleksandro de Souza, 49 anos, foi indiciado por latrocínio e ocultação de cadáver. Ele confessou ter matado Leiza para roubá-la, asfixiando-a e depois queimando o corpo. Aleksandro usou o celular da vítima para enviar mensagens à família, simulando que ela estava em Campo Grande, e fez transferências bancárias para sua conta.
O velório teve início hoje, na capela do próprio cemitério, logo após a liberação pela Polícia Científica de Mato Grosso do Sul. A demora no sepultamento se deve à complexidade do processo de identificação, já que o corpo estava em avançado estado de carbonização.
Conforme a Polícia Científica, foram necessárias diversas tentativas de extração de material genético para análise de DNA, até que se obtivesse uma amostra viável. O resultado final do exame foi concluído e entregue apenas nesta semana, permitindo que a família desse início aos ritos fúnebres.
Leiza era aposentada e natural de Nioaque. A Polícia Civil concluiu o inquérito e o suspeito do crime, o pedreiro Aleksandro de Souza, 49 anos, foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.

O crime aconteceu no dia 2 de outubro de 2024. O corpo da vítima foi localizado apenas no dia 15 do mesmo mês, abandonado e queimado em meio ao lixo da cidade. Desde então, a família aguardava por respostas e pela possibilidade de sepultá-la com dignidade.
O caso – No dia 2 de outubro, familiares de Leiza procuraram a delegacia da cidade e registraram o desaparecimento da servidora, que não era vista desde o dia 30 de setembro.
Porém, no dia 1º de outubro, Leiza enviou uma mensagem avisando que teria ido para Campo Grande com um amigo e, desde então, não deu mais notícias. Assim que foi feito o registro do desaparecimento, a Polícia Civil deu início às investigações.
Na casa de Leiza foram encontrados objetos pessoais como óculos, documentos e cartões bancários. No entanto, o aparelho celular da vítima não foi achado. A apuração policial apontou, ainda, que a servidora não havia saído de Nioaque e que alguma outra pessoa estaria se passando por ela através das mensagens encaminhadas para a família.
Os policiais conseguiram, então, identificar Aleksandro, que mora perto da casa de Leiza. Na residência do, até então suspeito, foi encontrado um carregador de celular compatível com o da vítima, e a equipe pediu um mandado de busca e apreensão no local, além da prisão temporária do pedreiro.
Quando a ordem judicial foi expedida, os policiais questionaram o homem, que afirmou, no primeiro momento, ter apenas ajudado a esconder o corpo da vítima e apontou outros suspeitos como autores do latrocínio. À polícia, ele alegou que participou do crime em troca de uma dívida e indicou onde estava o corpo da servidora.
O caso continuou sendo investigado e, então, foram encontradas contradições na versão apresentada pelo pedreiro que, ao ser confrontado, confessou ter agido sozinho na intenção de roubar a vítima, porque acreditava que ela tinha dinheiro em casa.
Com isso, por já ter feito serviços na casa da mulher como pedreiro, ele a surpreendeu no local, a amarrou e amordaçou, momento em que ela acabou morrendo. Em seguida, ele aproveitou que tinha as senhas do celular e do aplicativo bancário da servidora, fez um Pix para sua conta e depois levou o corpo da vítima em seu carro para o local de coleta de lixo.
Depois, ele ateou fogo no cadáver e o deixou no aterro sanitário. Aleksandro, então, voltou para sua casa e encaminhou mensagens para familiares de Leiza com o objetivo de encobrir o crime. Depois de alguns dias, pegou o celular da vítima e o escondeu em um pilar de concreto de uma obra onde prestava serviço.
O aparelho foi recuperado, e a polícia acredita que a mulher tenha morrido asfixiada. Aleksandro teve a prisão temporária convertida em preventiva e foi indiciado por latrocínio e ocultação de cadáver.
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