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Interior

“Cruel”, bandido foragido de Campo Grande há 2 anos, é preso na fronteira

Leonel Ricardo Gonçalves Francisco foi capturado em operação da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero

Por Helio de Freitas, de Dourados | 22/11/2023 14:19
Bandido conhecido como “Cruel” mostra tatuagem em delegacia da Polícia Nacional (Foto: Divulgação)
Bandido conhecido como “Cruel” mostra tatuagem em delegacia da Polícia Nacional (Foto: Divulgação)

Integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foi preso na noite desta terça-feira (21) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã (MS). Leonel Ricardo Gonçalves Francisco, 34, o “Cruel”, estava foragido desde março de 2021, após participar de assassinato no chamado “tribunal do crime” em Campo Grande.

Leonel foi localizado por equipes da Polícia Nacional do Paraguai no bairro Obrero, durante abordagens de rotina. Ao ver os policiais, ele tentou fugir, mas foi detido e levado para 3ª Comissaria.

Em contato com a Polícia Militar em Ponta Porã, os policiais paraguaios descobriram que o preso era bandido perigoso e importante membro da facção criminosa. Além do assassinato ocorrido em 2021 na Capital, “Cruel” tem antecedentes por tráfico de drogas, lesões corporais, violência doméstica e ameaça.

Conforme o subcomissário César Galeano, da Polícia Nacional, Leonel ganhou o apelido de “Cruel” por agir com extrema violência contra pessoas condenadas no “tribunal do crime”, muitas vezes mutiladas e esquartejadas. O bandido será oficialmente expulso do Paraguai e entregue à polícia brasileira.

Assassinato – Leonel Ricardo era procurado pelo assassinato do servente Aguinaldo Rodrigues Silva, ocorrido em fevereiro de 2020, em Campo Grande. Ele teria matado Aguinaldo a pauladas e ocultado o corpo.

Segundo as investigações da Polícia Civil, a morte foi a sentença imposta a Aguinaldo por ele insistir em perseguir e ameaçar a ex-mulher, Ugnelma Aparecida Britez da Silva. Ela também foi investigada por envolvimento no crime.

Leonel foi detido no início de 2021 por atraso de pensão alimentícia e ouvido sobre a morte de Aguinaldo. Entretanto, negou o crime, disse que não era faccionado e tampouco usava o apelido de “Cruel”. Logo depois ele foi solto e fugiu para o Paraguai.

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