Dupla que matou homem para vingar assassinato de amigo é condenada a 31 anos
Crime ocorreu no dia 23 de setembro de 2016 em frente a uma conveniência em Dourados
Foram condenados a 31 anos de prisão os dois homens que, em 23 de setembro de 2016, mataram Djefferson Oliveira Alves, 25, em Dourados, a 251 km de Campo Grande. O julgamento durou todo o dia e terminou na noite de terça-feira (22).
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O crime ocorreu em frente a uma conveniência, na Rua Bela Vista, no Jardim Água Boa, região sul da cidade. Outro rapaz que bebia na companhia de Djefferson também foi alvo do atentado. Atingido na mão, ele conseguiu se esconder e sobreviveu.
Sidney Sabino de Lima Júnior, 26, foi condenado a 16 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão. Thiago Felipe da Silva, 28, foi sentenciado a 15 anos, 5 meses e 18 dias.
Ambos terão de começar a cumprir a pena em regime fechado. Os mandados de prisão foram expedidos imediatamente após a sentença, pelo juiz Ricardo da Mata Reis, do Tribunal do Júri e Execução Penal. Por se tratar de crime hediondo, o magistrado considerou “descabida” a substituição das penas por outras medidas.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, baseada em investigação da Polícia Civil, os dois mataram Djefferson Oliveira Alves para vingar o assassinato de Pedro Henrique de Aquino Pires, amigo íntimo de Sidney. Esse crime ocorreu em agosto de 2016.
Na noite de 23 de setembro de 2016, quando Djefferson bebia com amigos na conveniência, Sidney passou em frente ao estabelecimento e viu o desafeto.
Decidido que aquele era o momento de vingar o amigo, pois Djefferson estava em situação de vulnerabilidade, chamou o comparsa e foram até a conveniência, de moto. Sidney usou uma pistola calibre 380 e Thiago estava armado com revólver calibre 32.
“Sem nada a dizer, sacaram das armas de fogo que portavam e, a certa distância, conscientes do risco aos demais clientes, efetuaram diversos disparos no ambiente do estabelecimento, em direção a Djeferson, alvejando-o por 16 vezes, na cabeça, face, pescoço, tórax, braço direito, ombro esquerdo, escapular esquerda e lombar esquerda”, afirma trecho do processo. Pelo menos 40 pessoas estavam no estabelecimento naquele momento.
Na fase processual, Thiago permaneceu em silêncio, enquanto Sidney, em sua defesa pessoal, alegou que Djefferson era “pessoa perigosa” e já havia matado seu amigo, além de ameaçá-lo de morte sem motivo. A defesa de Thiago apontou negativa de autoria e a de Sidney alegou legítima defesa.
Os advogados dos réus tentaram afastar as qualificadoras e recorreram contra a decisão de submeter a dupla a julgamento popular, mas os recursos foram negados. Os réus aguardaram o julgamento em liberdade, mas o magistrado determinou que não poderão recorrer em liberdade.
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