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Interior

Extraditado do Brasil, narcotraficante “Tio Rico” chega ao Paraguai

Miguel Ángel Insfrán Galeano chefia organização que mandava cocaína do Paraguai para a Europa

Helio de Freitas, de Dourados | 19/05/2023 14:54
Miguel Ángel ao lado de seu advogado durante audiência no Palácio da Justiça, em Asunción (Foto: ABC Color)
Miguel Ángel ao lado de seu advogado durante audiência no Palácio da Justiça, em Asunción (Foto: ABC Color)

Miguel Ángel Insfrán Galeano, o “Tio Rico”, considerado o maior traficante do Paraguai, foi extraditado na madrugada desta sexta-feira (19) do Rio de Janeiro para seu país de origem. O avião da Latam levando o criminoso pousou por volta de 8h no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Luque, na região metropolitana da capital Asunción.

Acompanhado por forte esquema de segurança, “Tio Rico” desceu do avião com a cabeça coberta por capuz com logotipo da Interpol, a polícia internacional. Segundo a imprensa paraguaia, a extradição do narcotraficante mobilizou pelo menos 200 agentes de segurança.

Preso no dia 9 de fevereiro deste ano no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, Miguel Ángel manifestou desejo de ser extraditado para seu país, o que facilitou o processo. No início de abril, o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a extradição.

Apontado como suspeito de ter mandado matar o promotor de Justiça paraguaio Marcelo Pecci, em maio do ano passado na Colômbia, “Tio Rico” estava no Rio de Janeiro para se associar a organizações criminosas brasileiras e assumir o controle do negócio das drogas no Brasil.

Líder do Clã Insfrán, “Tio Rico” é acusado no Paraguai de comandar o envio de grandes cargas de cocaína de navio para Ásia, Europa e África. O esquema de tráfico internacional e lavagem de dinheiro através de empresas, fazendas e igrejas mantém ramificações na fronteira com Mato Grosso do Sul.

Do aeroporto, o narcotraficante foi levado para o Palácio de Justiça, na capital paraguaia, para passar por audiências. No Ministério Público, no entanto, ele ficou em silêncio. Depois, foi levado à presença da juíza Lici Sanchez, mas o teor do depoimento ainda é desconhecido. O advogado dele disse que Miguel Ángel tem muito a falar e está disposto a colaborar com a Justiça de seu país.

Momento em que traficante chegava ao aeroporto com rosto coberto por capuz da Interpol (Foto: ABC Color)
Momento em que traficante chegava ao aeroporto com rosto coberto por capuz da Interpol (Foto: ABC Color)


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