Falta de luz e policiamento causam protesto após estupro de estudante
Jovem de 18 anos foi abusada sexualmente na noite de ontem (9), em Dourados
Estudantes do reduto universitário de Dourados fazem, na noite desta quinta-feira (10), ato pacífico por melhorias na iluminação pública e segurança após o estupro de uma jovem de 18 anos, ocorrido na região. O crime ocorreu na tarde de quarta (9), por volta das 18h, quando a estudante caminhava sozinha para a casa de um amigo no Bairro Parque Alvorada, região Oeste da cidade.
O ato foi organizado por alunos e representantes dos diretórios acadêmicos, como forma de denunciar a insegurança no entorno das universidades. Conforme a apuração da reportagem, a manifestação reuniu cerca de 100 pessoas, que exigiram mais policiamento no trecho do bairro que liga as três principais instituições de ensino do município, situado a 251 quilômetros de Campo Grande.
Durante o protesto, os estudantes ocuparam parte da Rua Manoel Santiago. Eles carregavam faixas, bandeiras e cartazes com pedidos por justiça e segurança. Os organizadores afirmaram que a região, apesar de ser considerada nobre, tem iluminação precária e falta de policiamento, o que facilita ações criminosas. A área é uma das mais movimentadas por estudantes, especialmente no início da noite, horário em que ocorreu o estupro.
A jovem foi abordada por um homem em uma motocicleta, que usava capacete. Ele a rendeu e a arrastou até uma área de mato, onde cometeu o crime. Depois, o suspeito fugiu e ainda não foi identificado. A vítima conseguiu pedir ajuda, e o caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). A Polícia Civil investiga o caso, busca imagens de câmeras de segurança e tenta localizar o agressor.
Conforme já noticiado, este não é o primeiro caso de violência contra mulheres na região. Estudantes relataram que já houve outros episódios semelhantes, mas que as denúncias nem sempre resultam em medidas concretas. A principal reivindicação do grupo é o reforço imediato da presença policial nos horários de maior circulação de alunos e a instalação de mais pontos de luz em ruas e terrenos próximos aos campi.
O outro lado - À reportagem, o tenente-coronel Teodoro Caramalac Neto, comandante da 9ª Companhia da Polícia Militar de Dourados, afirmou que a corporação já atua na área e reforçou o policiamento desde relatos anteriores.
“Estamos fazendo policiamento nos locais, esse policiamento sempre foi feito na região de todas as universidades e escolas com ensino noturno para garantir a tranquilidade das pessoas. Mesmo quando surgiram boatos de ataques, que depois foram desmentidos, houve reforço na atuação, principalmente nos horários de entrada e saída”, disse.
Caramalac também respondeu a críticas de que viaturas não são vistas com frequência em frente às universidades. “Nosso ponto focal não é a frente das instituições, mas as imediações, onde há maior risco de crimes como agressões e roubos. A Polícia Militar está empenhada na segurança dos cidadãos, em especial dos universitários, e conta com a colaboração da população para identificar atitudes suspeitas e possíveis infratores”, completou.
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