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Interior

Incêndio na Serra da Bodoquena é contido e restam apenas pequenos focos

Ação conjunta do ICMBio e bombeiros debelou as chamas na noite de terça-feira (16)

Por Bruna Marques e Inara Silva | 17/09/2025 10:22


RESUMO

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Incêndio próximo ao Parque Nacional da Serra da Bodoquena, em Mato Grosso do Sul, foi controlado após quase cinco dias de combate. O fogo, iniciado em 12 de maio, ameaçou áreas rurais e pontos turísticos da região. A causa provável, segundo boletim de ocorrência, foi uma queima irregular de folhas secas em propriedade particular.Equipes de bombeiros, brigadistas do ICMBio e equipes ambientais atuaram no combate às chamas. Embora o incêndio principal tenha sido contido, pequenos focos isolados ainda persistem. A moradora da propriedade onde o fogo começou, uma idosa de 67 anos, alegou à polícia que as chamas se alastraram devido ao vento forte. Provocar incêndio em mata ou floresta configura crime ambiental, com pena de dois a quatro anos de reclusão e multa.

O incêndio que atingiu a vegetação nativa no entorno do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, a 265 quilômetros de Campo Grande, foi controlado na noite de ontem (16) por bombeiros e brigadistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

O fogo, que começou na última sexta-feira (12) após uma queima irregular de folhas em uma propriedade particular da Colônia Canaã, chegou a avançar sobre áreas rurais e ameaçar atrativos turísticos da região.

Nesta quarta-feira (17), a situação já é considerada tranquila. Segundo Rafael Ramalho, gerente da Pousada Refúgio Canaã, o foco principal foi totalmente contido, restando apenas pequenas chamas em pontos isolados do morro. “Acredito que esse fogo que ainda aparece seja apenas em algum toco. É bem pouco perto do que já foi combatido”, disse em entrevista ao Campo Grande News.

Ramalho contou que esteve no local ontem e recebeu novos registros em vídeo nesta manhã, enviados por um funcionário da pousada. Ele destacou o trabalho rápido das equipes que conseguiram evitar maiores danos à área de conservação.

O Corpo de Bombeiros confirmou à reportagem que, no momento, a região está sem foco de incêndio, mas garantiu que as equipes permanecem no local fazendo o monitoramento das áreas.

Incêndio criminoso — Segundo o registro, a moradora, uma idosa de 67 anos, relatou à Polícia Militar Ambiental que, após realizar a limpeza do terreno no dia 12, decidiu queimar folhagem, mas as chamas se alastraram rapidamente devido ao vento forte, atravessaram a estrada de acesso e invadiram uma área agropastoril, consumindo a vegetação ao redor. A informação ainda é preliminar e será confirmada após perícia.

Ao todo, foram quase cinco dias de combate envolvendo brigadistas federais, bombeiros militares e equipes ambientais para conter um incêndio que, de acordo com o boletim de ocorrência, pode ter sido provocado por uma queima irregular de resíduos em propriedade privada. Nesta terça-feira, a equipe de bombeiros enviada de Bonito para a região informou que os focos de incêndio foram oficialmente extintos.

Durante os últimos dias, moradores relataram sintomas como dor de cabeça e tontura causados pela fumaça pesada. Proprietários de pousadas e reservas particulares contaram que, mesmo à noite, quando as temperaturas caíam, os focos permaneciam ativos, colocando em risco casas e atrativos turísticos.

Capivara? - Na segunda-feira, havia sido levantada a hipótese de que o incêndio teria começado com fogo ateado para incinerar uma capivara morta encontrada à beira da estrada. A nova versão, registrada no boletim de ocorrência, indica a queima de folhas secas em propriedade particular como possível causa.

Crime ambiental — Provocar incêndio em mata ou floresta é crime ambiental, previsto no artigo 41 da Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais). A pena estabelecida é de reclusão de dois a quatro anos, além de multa, podendo ser aumentada caso o fogo cause danos significativos ou atinja unidades de conservação.

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