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Interior

Juiz dá liberdade a pistoleiro suspeito de matar policial em MS

Aguacate tinha sido preso há duas semanas, mas ausência de uma testemunha ocular de assassinato levou juiz de Capitán Bado a atender pedido de advogados e libertar pistoleiro

Helio de Freitas, de Dourados | 05/09/2018 17:12
Márcio Giménez no dia em que foi preso e levado para Pedro Juan Caballero (Foto: Sem Fronteiras)
Márcio Giménez no dia em que foi preso e levado para Pedro Juan Caballero (Foto: Sem Fronteiras)

Acusado de chefiar os sicários (matadores profissionais) que agem na Linha Internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul, Marcio Ariel Sánchez Giménez, 29, o “Aguacate”, ganhou liberdade duas semanas após ser preso em Capitán Bado, cidade paraguaia vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande.

A liberdade foi determinada pelo juiz Martín Areco a pedido dos advogados de defesa de Aguacate (abacate, em português), depois que a testemunha de um dos crimes atribuídos ao pistoleiro não compareceu para depor.

À rádio Império, o promotor de Justiça Leonardo Cáceres disse que a testemunha está trabalhando em São Paulo (SP), ficando impedida de dar seu depoimento sobre o assassinado do vereador de Capitán Bado Cristóbal Machado, ocorrido em março deste ano.

Preso dois dias após o crime, o pistoleiro que executou o vereador disse que tinha sido contratado por Aguacate para cometer o crime. Ele nega.

Na semana passada, a transferência de Aguacate do presídio de Pedro Juan Caballero para a Comisaria da Polícia Nacional em Capitán Bado gerou crise entre o Judiciário, autoridades do Departamento de Amambay e policiais paraguaios, que temiam a fuga do suspeito, já que a delegacia não possui estrutura.

Entre os crimes atribuídos a Aguacate está a execução do policial civil Wescley Vasconcelos, 37, no dia 6 de março deste ano em Ponta Porã. O bandido é apontado como chefe de um grupo de “sicários”, como são chamados os matadores profissionais no Paraguai.

Aguacate é ligado a um dos novos chefões do crime organizado na Linha Internacional, Sérgio Quintiliano Neto o Minotauro. Até 2016, ele era segurança do traficante Jorge Rafaat Toumani, morto em junho daquele ano.

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