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Interior

Liberado, empregado de ex-vice-presidente está com covid

Confirmação do vírus deixou família de Óscar Denis ainda mais preocupada

Helio de Freitas, de Dourados | 17/09/2020 14:19
Adelio Mendoza no dia em que foi libertado por guerrilheiros (Foto: ABC Color)
Adelio Mendoza no dia em que foi libertado por guerrilheiros (Foto: ABC Color)

O peão Adelio Mendoza, 21, sequestrado no dia 9 deste mês junto com o patrão, o ex-vice-presidente do Paraguai Óscar Denis Sánchez, está com covid-19. O resultado foi anunciado nesta quinta-feira (17) pelo ministro da Saúde paraguaio Julio Mazzoleni, três dias após o rapaz ser solto pelos guerrilheiros do grupo terrorista EPP (Exército do Povo Paraguaio).

Segundo o ministro, o peão foi submetido a uma bateria de exames que confirmou a covid-19. O vírus está ativo, mas Adelio não tem sintomas.

O resultado do exame deixou a família de Óscar Denis Sánchez ainda mais preocupada com a saúde do ex-político, há oito dias em poder dos sequestradores. Com 74 anos de idade, ele tem vários problemas de saúde, entre os quais diabetes e hipertensão, comorbidades que têm histórico de agravar o quadro de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

Em entrevista coletiva no início da tarde de hoje, as três filhas de Óscar voltaram a implorar que os sequestradores o libertem. Segundo elas, todas as exigências feitas pelo EPP para distribuição de alimentos a comunidades pobres da região onde ocorreu o sequestro já foram cumpridas.

Além da falta de medicamentos de uso diário, agora tem o risco de contágio pela covid-19. “Nosso pai é pessoa de alto risco”, afirmaram as filhas, pedindo reabertura das negociações.

A FTC (Força-Tarefa Conjunta), formada por militares e policiais paraguaios, reforçou o efetivo nesta semana com 800 homens, dois veículos blindados, helicóptero, 12 caminhões, dois micro-ônibus e 19 caminhonetes, mas as buscas ainda não tiveram sucesso.

A caçada ocorre em áreas de mata fechada na região de Bella Vista Norte, na divisa dos departamentos (equivalentes a Estados) de Concepción e Amambay, a 60 quilômetros da fronteira com Mato Grosso do Sul.

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