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Interior

Preso na Bolívia, líder da maior facção do RS é entregue à PF em Corumbá

Juliano Biron é integrante do grupo criminoso "Os Manos", um dos seis que atuam em Mato Grosso do Sul

Por Ana Paula Chuva | 12/09/2025 07:19
Preso na Bolívia, líder da maior facção do RS é entregue à PF em Corumbá
Juliano após ser capturado na Bolívia usando documento falso (Foto: Polícia boliviana)

Juliano Biron da Silva, líder da facção criminosa "Os Manos", do Rio Grande do Sul e com atuação também em Mato Grosso do Sul, foi preso na quarta-feira (10) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, ao tentar renovar documentos falsos. O criminoso usava identidade no nome de João Paulo Zucco e afirmava ser natural de São José (SC). Ao consultar o sistema, a polícia boliviana encontrou o alerta da Interpol, que o incluía na lista de difusão vermelha, e efetuou a prisão.

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Juliano Biron da Silva, líder da facção gaúcha "Os Manos", foi preso na Bolívia e entregue à Polícia Federal em Corumbá (MS). Foragido desde 2024, utilizava documentos falsos em Santa Cruz de La Sierra, próximo à fronteira brasileira. Sua captura ocorreu após troca de informações entre a Polícia Federal do Brasil e a polícia boliviana, via Interpol. Biron possuía quatro mandados de prisão em aberto, incluindo um por homicídio, pelo qual foi condenado a 33 anos. A prisão ocorreu durante tentativa de renovar a documentação falsa. Ele será transferido para o Rio Grande do Sul. "Os Manos" é uma das seis facções criminosas com atuação em Mato Grosso do Sul.

Segundo a Polícia Federal, a identificação foi possível graças ao compartilhamento de informações feito pelo Centro de Cooperação Policial Internacional, no Rio de Janeiro, e pelo oficial de ligação da corporação na Bolívia. Um dia depois da captura, Biron foi entregue à PF em Corumbá (MS), junto com outros brasileiros expulsos, e deve ser encaminhado a uma penitenciária no Rio Grande do Sul.

O criminoso tinha quatro mandados de prisão em aberto no Brasil e já havia sido alvo de medidas de sequestro de bens avaliados em mais de R$ 120 milhões. Biron também foi condenado a 33 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, em Canoas (RS).

No Rio Grande do Sul, diferentemente de outros estados, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho não têm presença significativa. A primeira tentativa de criação de uma facção ocorreu na segunda metade dos anos 1980, com a Falange Gaúcha, inspirada na Falange Vermelha do Rio de Janeiro. Dessa organização nasceu a facção Os Manos, hoje considerada a mais poderosa do estado. O nome surgiu de uma brincadeira entre ex-presos, que ao serem questionados sobre onde estavam respondiam: “Eu estava com os manos”.

Atualmente, o grupo criminoso é apontado como um dos seis que atuam em Mato Grosso do Sul, estado considerado um dos maiores “importadores” de facções do país por sua posição estratégica na fronteira.

Preso na Bolívia, líder da maior facção do RS é entregue à PF em Corumbá
Biron foi condenado a 33 anos por assassinato e estava na lista vermelha da Interpol (Foto: Divulgação)

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